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Uma polémica sobre o licenciamento de um grande edifício que o Banco Espírito Santo (BES) queria construir na Avenida da Liberdade e na Rua Rosa Araújo, em Lisboa, para alargamento da sua sede, foi resolvida em 2010. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou uma norma que visou acabar com as dúvidas suscitadas por um regulamento municipal. Essa norma interpretativa, proposta ao executivo camarário por António Costa, e oriunda dos serviços do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, poupou mais de 500 mil euros ao BES.

Segundo o Público, que cita um parecer do Departamento Jurídico da CML emitido em 2011, se a autarquia tivesse inicialmente agido como devia, o BES teria pago mais de 650.000 euros pela licença de obras, em vez dos 128.000 que foram pagos em fevereiro deste ano.

O processo relativo à construção do edifício, que deveria substituir os quatro prédios ali existentes, foi entregue na CML em 2006 e recebeu o número 1492/EDI/2006. A licença de construção, todavia, só foi emitida em fevereiro de 2015, depois de o Novo Banco ter vendido os imóveis a uma empresa imobiliária por cerca de 30 milhões de euros, escreve a publicação.

As obras foram recentemente iniciadas, estando em curso a demolição de três daqueles prédios, dois dos quais terão de manter as respetivas fachadas. O quarto, que ocupa o gaveto formado pela Avenida da Liberdade e pela Rua Rosa Araújo, será ampliado com mais dois pisos, mantendo-se o edifício existente, de seis pisos, cujos interiores serão totalmente reformulados. 

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