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António Domingues foi presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre setembro e dezembro do ano passado, tendo cobrado 30.214,29 euros por cada mês. Ou seja, a passagem de quatro meses pela liderança do banco do Estado rendeu ao gestor mais de 120 mil euros. Envolvido numa forte polémica devido à obrigação de apresentação pública dos rendimentos e património, que não quis cumprir, Domingues abandonou o cargo, sendo substituído por Paulo Macedo, agora em funções. 

Já José de Matos, que foi presidente da CGD até 31 de agosto, tinha um ordenado de 16.578,28 euros, pelo que recebeu cerca de 133 mil euros no ano passado, também segundo o Relatório e Contas referente a 2016, divulgado esta terça-feira através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Este valor mensal é pago em 14 meses, pelo que, segundo escreve a Lusa, há ainda lugar a pagamento dos subsídios de férias e de Natal de forma proporcional pelos meses trabalhados a estes gestores, isto além remuneração variável que está indexada à realização de objetivos de mais longo prazo e que agora ainda não é possível conhecer.

Quanto aos outros administradores da CGD, na gestão de José de Matos, cada um recebia em média 11 mil euros de salário mensal fixo. Já na equipa de Domingues, o salário de cada vogal ascendia a 23 mil euros mensais.

Tal como recorda a agência de notícias, antes de ir para o banco público, Domingues era vice-presidente do Banco BPI, cargo que teve até junho de 2016, pelo qual recebeu o respetivo salário, de 233 mil euros, segundo o Relatório e contas do BPI de 2016.

Na última assembleia-geral do BPI, em abril, foi aprovada a remuneração variável dos administradores que cessaram funções, tendo sido atribuído então a António Domingues 106,7 mil euros.

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