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Os preços das casas em Portugal dispararamo valor mediano dos alojamentos vendidos subiram 7,6% num ano – e a avaliação bancária para efeitos de crédito à habitação também. Um fenómeno que está a deixar em alerta a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que reconhece estar preocupada com o valor pedido pelos imóveis.

Ninguém pode pagar os preços que existem nos centros das cidades. O que acontece é que [as pessoas] estão a ir para a periferia e isso também está a fazer esgotar o stock da periferia, onde os preços também estão a aumentar”, avisa Luís Lima, presidente da APEMIP, citado pela TSF

Segundo o responsável, que admitiu estar preocupado com a escalada e com o desequilíbrio dos preços das casas a nível nacional, arrendar casa não está ao alcance de todos os portugueses, pelo contrário: “Como não há ativos a valores que os cidadãos possam pagar eles dirigem-se para as periferias. E as pessoas felizmente ainda conseguem comprar, porque o arrendamento hoje em dia é para ricos e comprar casa é para pobres. Estou preocupado com este desequilíbrio, as coisas não vão crescer até ao céu, um dia vão cair. Não conheço nenhum país onde os preços cresçam, cresçam e um dia não caiam”.

"Bolhas nos centros das cidades"

Entretanto, e citado pelo Correio da Manhã, Luís Lima deixou no ar a possibilidade de existirem “bolhas imobiliárias localizadas nos centros das grandes cidades”.

De acordo com o líder da APEMIP, “existe muita procura para gente que quer comprar nas mesmas zonas”, como por exemplo a rua Escura ou a rua dos Caldeireiros, no Porto, zonas que os estrangeiros acham pitorescas. “Não é sustentável gerir o mercado imobiliário só com a procura de estrangeiros. Os preços não sobem até ao céu, e a especulação vai-nos matar”, alertou, salientando a urgência de aumentar a oferta de imóveis “a preços controlados”. “Por um T1 em Lisboa, as pessoas deveriam pagar uma renda entre os 250 e os 350 euros, e por um T2, não mais de 400 a 450 euros”, acrescentou

Para o representante dos mediadores imobiliários, deveria existir só um tipo de avaliação sobre os imóveis. “Existe a avaliação feita pelos bancos para a concessão de crédito, existe a avaliação feita pelo Fisco para o pagamento de impostos... Seria importante existir apenas um tipo de avaliação no mercado imobiliário que servisse para tudo”, afirmou, citado pela publicação.

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3 Comentários:

Miguel
29 Maio 2018, 13:46

Os preços estão ao nível de 2008, o problemas é que baixarem vendem mais e agora precisamos menos de mediação imobiliárias, mas não vale a pena remar contra a corrente e sector.
Que moralista.

mfelicio
30 Maio 2018, 10:45

A população portuguesa cai 30 mil pessoas por ano. Isso significa que 8-10 mil casas ficam vazias. Para sempre. O cenário atual realmente é uma bolha, dado que a demanda, em número de famílias, vai cair indefinidamente.

mfelicio
30 Maio 2018, 10:47

Em Cascais, principalmente em Estoril, vejo que a demanda por arrendamento continua forte. Mas também vejo que o número de casas à venda só aumenta, e algumas boas moradias e apartamentos já estão encalhados há meses.

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