As novas subidas do salário mínimo "sem medidas significativas de aumento da produtividade" podem provocar entre 50.000 e 100.000 novos desempregados. O aviso é do Fórum para a Competitividade, que alerta ainda para uma possível “degradação das contas externas”.
O estudo, assinado por Pedro Braz Teixeira, diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, e citado pela Lusa, acrescenta que "as consequências de subidas extraordinárias do salário mínimo são muito diferentes no setor transacionável (agricultura e indústria) e no setor não transacionável (serviços)". No setor não transacionável "há alguma capacidade em refletir aquele aumento em preços mais elevados", sendo que no setor transacionável "não há praticamente margem para subir preços, pelo que há um muito maior risco de não sobrevivência".
O Fórum para a Competitividade explica ainda que "as anteriores subidas extraordinárias do salário mínimo não se traduziram em aumento do desemprego por duas razões", nomeadamente "porque a conjuntura externa era excecional" e "porque o congelamento anterior desta remuneração tinha criado alguma folga nas empresas".
É "essencial criar condições para uma efetiva subida da produtividade", diz Pedro Braz Teixeira, sendo essa a "única forma de dar sustentabilidade a uma subida do salário mínimo e do salário médio".
1 Comentários:
Para tornar essa matéria confiável, seria no minimo necessário apresentar dados para os números apresentados. Como por exemplo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que mostra que o ritmo de crescimento do PIB acelerou de 2014 a 2017, ano em que atingiu 3,5%. Relativamente à taxa de desemprego, está em queda desde 2014. Em queda e não "sem aumento" como alegado na matéria. Se vamos gerar pessimismo, que sejamos mais acurados
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