O projeto de recuperação e valorização da Sé de Lisboa, incluindo o seu núcleo arqueológico, deve estar concluído no terceiro trimestre do próximo ano, garantiu o diretor-geral do Património Cultural, João Carlos Santos.
O responsável deu esta garantia na conferência de imprensa, realizada no início da semana, para apresentação das alterações ao projeto inicial de recuperação e valorização da Sé Patriarcal de Lisboa, cujas obras vão iniciar-se em janeiro próximo.
As alterações ao projeto inicial foram já apresentadas à Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, que reuniu em junho último.
“A proposta apresenta uma solução de compromisso entre a necessidade de reforço estrutural da ala sul do claustro (…), a reconstrução dos elementos arquitetónicos desmontados, e a preservação ‘in situ’ do maior número de estruturas associadas aos edifícios islâmicos ali identificados”, disse João Carlos Santos.
Esta solução permite “conservar ‘in situ’ a estrutura dos arcos” e a observação deste vestígio, que se encontra entre os projetados pisos -1 e -2, disse o diretor-geral.
Novo projeto de recuperação e valorização da Sé de Lisboa vai preservar vestígios arqueológicos
A segunda alteração ao projeto inicial, apresentada esta segunda-feira, tem em conta as recomendações da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, nomeadamente “a integração dos vestígios arqueológicos” identificados recentemente, e a “musealização das ruínas arqueológicas”, disse João Carlos Santos.
Esta segunda alteração ao projeto vai permitir “mostrar mais um terço do que estava previsto, dos vestígios arqueológicos”, acrescentou.
João Carlos Santos afirmou que o núcleo da Sé de Lisboa vai dar uma larga perspetiva da diacronia da ocupação humana nesta área da capital (através dos séculos), não tendo sido adiantadas a suas datações. Entre os vestígios, além dos de origem islâmica há também romanos e medievais.
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