
As operações de crédito malparado estão ao rubro em Portugal. Depois de o Novo Banco ter vendido duas carteiras de Non-Performing Loans (NPL, na sigla inglesa) na reta final do ano por cerca de 117 milhões de euros, foi a vez do Montepio finalizar a venda de uma carteira de créditos não produtivos por 253 milhões de euros.
Trata-se de uma operação que englobou “10.318 contratos registados em balanço e fora de balanço”, segundo descreve o banco num comunicado publicado no passado dia 31 de dezembro de 2021, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A escritura pública foi celebrada no passado dia 29 de dezembro de 2021 e veio formalizar a venda desta carteira de crédito malparado às entidades LX Investments Partners III, BTL Ireland Acquisitions II Designated Activity Company e BTLP Acquisitions I Unipessoal, Lda.
“Após o desreconhecimento total dos créditos, o impacto estimado desta venda nos resultados do Banco Montepio será imaterial, representando, no entanto, uma importante redução das exposições não produtivas, contribuindo para uma diminuição de 1 ponto percentual no rácio de NPE [Non-Performing Exposure]”, refere no mesmo documento. Recorde-se que em junho de 2021, o rácio de NPE do Montepio era de 9,3%, um valor bem superior ao recomendado pelas entidades europeias, tal como escreveu o Jornal Económico.
De acordo com a nota, “no imediato, a transação contribui para um aumento de 3 p.b. no rácio de capital total do Banco Montepio, consolidando a estratégia encetada pelo Conselho de Administração de contínua redução de ativos não produtivos e de reforço dos rácios de capital”.
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