
Na reta final do ano, o Novo Banco fez um sprint e vendeu duas carteiras de crédito malparado – o “Projeto Orion” e o “Projeto Harvey” – que lhe valeram um encaixe de 117 milhões de euros. Agora, a entidade bancária veio revelar que estes negócios tiveram um impacto negativo de 500 mil euros na demonstração de resultados de 2021.
Depois de anunciar as vendas ao mercado, o Novo Banco foi chamado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a clarificar os impactos que a venda destes créditos não produtivos tiveram nos seus resultados. Isto porque, até então, o banco tinha apenas referido que estes negócios deveriam ter um “impacto marginal” nas contas finais.
Agora, o Novo Banco revelou que a transação do “Projeto Orion” deverá ter um impacto positivo de 3,9 milhões de euros na demonstração de resultados de 2021. Já o “Projeto Harvey” deverá ter um impacto negativo de 4,4 milhões, segundo informa o banco num comunicado enviado à CMVM esta quinta-feira, dia 6 de janeiro de 2022. Contas feitas, as duas transações “deverão, no seu conjunto, ter um impacto negativo de 500 mil euros na demonstração de resultados de 2021”, conclui ainda o Novo Banco.
Recorde-se que o “Projeto Orion” foi vendido um consórcio de fundos geridos por West Invest UK Limited Partnership e LX Investment Partners III por 64,7 milhões de euros. Envolveu mais de 12 mil empréstimos com um valor de 231,3 milhões de euros.
Por seu turno, o “Projeto Harvey” passou para as mãos de uma entidade detida por sociedades afiliadas pela AGG Capital e pela Deva Capital, mediante o pagamento de 52,3 milhões de euros. Trata-se de um portefólio de single-names de créditos não produtivos e ativos relacionados, com valor bruto de 164,4 milhões de euros.
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