Preço do gás e luz a subir com a guerra: o que fazer para poupar?

A escalada de tensão entre a Ucrânia e a Rússia está a acelerar o agravamento dos preços da energia em Portugal e na Europa. Famílias e empresas enfrentam uma nova crise energética, com as subidas dos preços da luz e do gás a colocarem pressão nos orçamentos dos portugueses. É por isso importante adotar estratégias para aliviar o peso das faturas no final do mês. Como? Explicamos tudo no artigo desta semana da Deco.

Saber o que fazer e como poupar na luz e gás é o tema deste artigo da Deco Alerta, a rubrica semanal assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor* para o idealista/news, que se destina a todos os consumidores em Portugal.

Pexel

As notícias sobre o atual conflito entre a Rússia e a Ucrânia são aterradoras. Todos vivemos momentos de grande angústia e ansiamos paz. Para além deste cenário de violência, a guerra está a provocar um aumento dos preços de gás e eletricidade. Que efeitos terão estes aumentos nos nossos orçamentos? O que podemos reivindicar para que todas as famílias possam pagar as suas faturas?

O pagamento destes serviços públicos essenciais, eletricidade e gás, tem um peso considerável na carteira dos consumidores. O aumento do seu preço, juntamente com os impactos negativos trazidos pela pandemia e pela inflação registada e prevista, é bastante preocupante. Este aumento poderá ser sentido no mercado liberalizado, estando já anunciado para maio próximo. Para os clientes no mercado regulado, até agora, não se conhece esse impacto.

Alertamos os consumidores que estejam no mercado livre que apenas poderão regressar ao mercado regulado e celebrar contrato de fornecimento com o CUR (Comercializador de Último Recurso), em determinadas condições:

No caso da eletricidade:

• clientes cujos comercializadores em regime livre tenham recusado aplicar o regime de preços equiparados;
• clientes finais economicamente vulneráveis que o pretendam;
• clientes que tenham o estatuto de utilidade pública;
• clientes cujo comercializador tenha ficado impedido de exercer a atividade;
• Em locais onde não exista oferta dos comercializadores de eletricidade em regime de mercado.

No caso do gás natural:

• consumidores economicamente vulneráveis, ou seja, os consumidores que beneficiam da tarifa social.

Face a este iminente aumento de preços, a DECO relembramos os consumidores da importância de se adotar hábitos de poupança que permitam reduzir a fatura de eletricidade e de gás. Aconselhamos ainda os consumidores a fazerem simulações de forma a perceberem, tendo em conta o seu perfil de consumo, quais as tarifas de eletricidade e de gás mais baixas.

Estamos ainda a reivindicar que os critérios de acesso à tarifa social do gás natural sejam iguais aos da eletricidade, ou seja, que também os consumidores com um rendimento anual reduzido tenham acesso à tarifa social do gás; que seja implementado o regime de tarifa social do gás de botija; que seja aplicada a taxa de IVA de 6% em todas as componentes da fatura de eletricidade.

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