
Starbucks, 11h00 da manhã. Atravessas a porta e vês cinco ou seis pessoas nos seus portáteis, a trabalhar ou a atender chamadas. Este tipo de cafés tornaram-se coworkings improvisados, embora o ambiente não seja o mais adequado para a concentração que um trabalho exige. É aí que entra a Tribuapp, uma empresa de espaços de trabalho partilhado que quer “quebrar o mercado” graças aos seus preços e à sua capilaridade. Rafa Castilla e Oriol Torremadé, fundadores da Tribuapp, explicam os seus planos ao idealista/news, que incluem chegar a 200 espaços este ano e dar o salto para o mercado internacional em 2023. Lisboa e Milão estão na mira.
Com sede em Barcelona, a Tribuapp nasceu em maio de 2020, em plena pandemia. No final do ano passado, a empresa encerrou uma ronda de financiamento de 350.000 euros, na qual participaram vários investidores internacionais, e os seus fundadores asseguram que no segundo semestre deste ano vão reabrir uma ronda para promover o crescimento em Espanha e preparar a expansão.
A Tribuapp foca-se na abertura de espaços de trabalho partilhados com as necessidades que um empreendedor possa ter, “nem mais, nem menos”. “Não temos grandes espaços comuns, nem uma enorme equipa de gestão no escritório, nem o design mais recente, mas garantimos que a área de trabalho é confortável e tudo o que precisas vai funcionar”, dizem da empresa.
Coworking deverá chegar a Portugal em 2023
A característica mais distintiva da Tribuapp para o negócio de escritórios é o seu preço. "Pode-se ter um espaço num dos nossos coworkings por 75 euros" explicam os fundadores. “O preço não é por acaso: é isso que custaria tomar um café por dia num Starbucks durante os 20 dias úteis que um mês tem”, acrescentam.
Com esta filosofia, a Tribuapp já opera 3.500 metros quadrados (m2) distribuídos por 25 espaços em Barcelona e Madrid e prevê a entrada de novas propriedades nestas duas cidades, além de acrescentar Málaga e Valência à sua lista de localizações. Milão e Lisboa serão as primeiras cidades em que a empresa apostará, embora seja na sua nova fase de crescimento em 2023.
A Tribuapp arrenda ativos de 250 m2 a 700 m2 localizados tanto no centro das cidades como em áreas mais periféricas. O perfil de utilizador da Tribuapp é bastante heterogéneo e inclui startups, PMEs, profissionais independentes e estudantes.
Atualmente, tem 300 utilizadores e espera atingir os 1.000 antes do final do ano. A empresa, que fechou o ano passado com uma faturação de 100.000 euros, espera atingir um milhão de euros até o final de 2022. A Tribuapp tem onze trabalhadores e espera ampliar o quadro para vinte pessoas até o final do ano.
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