Primeiro-ministro diz que novas gerações estão melhor preparadas que nunca e é preciso evitar a fuga de talento do país.
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Habitação acessível para jovens
Foto de Tima Miroshnichenko @Pexels
Lusa
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O secretário-geral do PS, António Costa, sublinhou este fim de semana, em Braga, a aposta do Governo em políticas para que os jovens se possam realizar plenamente em Portugal, para evitar a fuga de capital humano. Para o primeiro-ministro, o trabalho digno e a habitação acessível são os “dois maiores desafios” que atualmente se colocam aos jovens, após o seu percurso escolar.

No encerramento do XXIII Congresso da Juventude Socialista (PS), António Costa sublinhou que as novas gerações têm um nível de qualificação como o país "nunca teve até hoje” e que Portugal não pode perder esse capital humano.

“Não podemos perder estes recursos humanos, porque o maior recurso para o nosso desenvolvimento é mesmo este capital humano que vocês [jovens] são e que nós temos de criar as condições para que se possa realizar plenamente aqui, entre nós, em Portugal”, referiu.

A estratégia do Governo para reter talento jovem em Portugal

Para Costa, o trajeto tem de assentar, desde logo, na continuação da aposta nas qualificações, com o combate ao abandono escolar precoce e a democratização do acesso ao ensino superior.

Neste capítulo, aludiu ao “maior investimento de sempre” no alojamento estudantil, que vai permitir o aumento de 15.073 para 26.868 camas até ao final da presente legislatura.

Falou também no investimento de 480 milhões de euros para a remodelação dos centros tecnológicos especializados para melhorar a qualidade do ensino profissionalizante.

Para António Costa, o trabalho digno e a habitação acessível são os “dois maiores desafios” que se atualmente se colocam aos jovens, após o seu percurso escolar.

“A agenda do trabalho digno é absolutamente fundamental”, referiu, defendendo a necessidade de combate à precariedade e à conciliação da vida profissional e familiar.

Como medidas para ajudar os jovens que procuram o primeiro emprego, destacou o IRS jovem, a aplicar nos primeiros cincos anos de atividade.

“Num vencimento de 1.000 euros, os jovens poupam em IRS 89 euros por mês”, referiu.

Oferta pública de habitação pensada para apoiar os jovens

Mudando para a habitação, Costa disse que durante décadas o Estado “desistiu” de uma política pública para o setor, uma realidade que disse que está agora a ser invertida pelo executivo que lidera.

Lembrou que no Plano de Recuperação e Resiliência há mais de dois mil milhões de euros para oferta pública de habitação nos próximos anos.

Sublinhou ainda que é preciso assegurar que ninguém deixe de ter filhos por razões económicas.

“Não temos uma visão natalista da demografia, mas sim uma visão de liberdade e igualdade”, referiu.

A propósito, disse que os portugueses podem agora constituir “a família que quiserem”, independentemente do sexo dos cônjuges.

“Amem-se como quiserem”, disse.

O XXIII Congresso da JS marcou a reeleição de Miguel Costa Matos, candidato único, como presidente, com 195 votos a favor, 33 brancos e 10 nulos.

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