
Praticamente dois terços do património líquido das famílias portuguesas estão concentrados em ativos imobiliários, sendo a maioria desta percentagem relativa às casas onde as pessoas residem. Trata-se do valor mais elevado dos últimos dez anos (62,2% em dezembro de 2022, 60,1% em dezembro de 2021 e 62,4% em dezembro de 2012).
Segundo o ECO, que se apoia em dados do Banco de Portugal, do Instituto Nacional de Estatísticas e da Pordata, os cerca de 4,1 milhões de agregados familiares apresentam, em média, um património imobiliário de cerca de 120.000 euros – quase o dobro do que tinham em 1999 e quase o triplo do montante de dívida que carregam – e um património financeiro de 55,6 mil euros.
A publicação escreve ainda que, na sequência do bom momento do mercado imobiliário, sobretudo a partir de 2013, o património imobiliário das famílias em Portugal cresceu a um ritmo médio anual de 4,4% ao longo da última década, sendo o maior responsável pelo aumento de 54% da riqueza dos agregados familiares entre 2012 e 2022.
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