A taxa de poupança das famílias caiu para 6,1% do rendimento disponível em 2022, uma redução de 3,8 pontos percentuais face a 2021, divulgou esta sexta-feira (24 de março de 2023) o Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo o instituto estatístico, “comparativamente com 2021, o RDB [rendimento disponível bruto] aumentou 7,8% em 2022”, mas este crescimento “não foi suficiente para compensar o aumento da despesa de consumo final, que se fixou em 12,5%, o que determinou a redução da taxa de poupança de 9,9% em 2021 para 6,1% em 2022”.
Assim, de acordo com os dados do INE, no final do ano passado, por cada 100 euros disponíveis, as famílias poupavam cerca de 6,1 euros.
No final do quarto trimestre de 2022, a capacidade de financiamento das famílias situou-se em 0,5% do PIB, uma melhoria de 0,3 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior e um agravamento de 2,9 pontos percentuais face a 2021.
A taxa de poupança de 6,1% do RDB correspondeu a um aumento de 0,3 pontos percentuais relativamente ao resultado do trimestre anterior, em resultado do aumento em 3,3% do rendimento disponível (variação de 1,4% no trimestre anterior), superior ao crescimento do consumo privado (3,0%).
O INE nota que estas variáveis “estão em termos nominais, o que, no caso do consumo privado, reflete o expressivo crescimento dos preços, evidenciado pelo Índice de Preços no Consumidor ao longo de 2022”.
Segundo o instituto, as remunerações e o excedente bruto de exploração contribuíram em 1,8 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente, para a taxa de variação de 3,3% do rendimento disponível das famílias em 2022 (1,1 e 0,3 pontos percentuais em 2021, pela mesma ordem), sendo ainda de destacar as prestações sociais líquidas das contribuições, que representaram 0,9 pontos percentuais (-0,2 pontos percentuais em 2021).
*Com Lusa
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