O grupo MCaetano, do empresário e promotor imobiliário Manuel Caetano, em parceria com outros dois investidores, comprou os imóveis e o terreno que o Fundo de Pensões do Grupo EDP colocou à venda em março, na Rua do Ouro, no Porto. O negócio ficou fechado por 45 milhões de euros, mais 19% que o valor pelos quais os ativos foram colocados à venda pela EDP: 26 milhões de euros.
Segundo o Expresso, os dois investidores – um reside no Porto e tem vários investimentos imobiliários na cidade e outro reside em Braga – assumiram 20% e 40%, respetivamente, do valor do investimento. Já o grupo MCaetano ficou com 40% e com o desenvolvimento do projeto imobiliário, focado no segmento residencial de luxo.
Fonte da direção de investimentos da Ageas Pensões, empresa responsável pela venda dos terrenos e dos imóveis, revelou, citada pela publicação, que o Fundo de Pensões do Grupo EDP recebeu cerca de 30 propostas de intenção de aquisição, entregues em carta fechada, sendo que muitas foram estrangeiras.
A mesma fonte adiantou que o contrato-promessa de compra e venda foi assinado recentemente “em Lisboa, pelo promitente comprador”, que entregou 20% do valor de venda para formalizar o processo de aquisição.
O ativo, que agora mudou de mãos, contempla um conjunto de quatro edifícios de valor patrimonial histórico, classificados pela Câmara Municipal do Porto, com cerca de 29.000 metros quadrados (m2). A proposta de venda, enviada pela EDP aos profissionais do mercado imobiliário em março, apresenta uma capacidade construtiva de 41.500 m2.
No segmento imobiliário, o grupo MCaetano está a desenvolver vários empreendimentos residenciais no Porto, Gaia, Matosinhos, Paredes e Penafiel. A promoção de dois edifícios, junto à Ponte da Arrábida, pela sociedade Arcada, detida pelo grupo, foi um processo polémico, cuja construção chegou e estar embargada, em janeiro de 2019, pelo Ministério Público, que pedia a demolição da obra por alegadas irregularidades de licenciamento. O Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto acabou, no entanto, por dar razão ao município do Porto, recorda a publicação.
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