Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores (APPC) antecipa um ano de 2024 complexo e imprevisível.
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O que esperar do setor do imobiliário e da construção em 2024
Jorge Nandin de Carvalho, presidente da direção da Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores Créditos: APPC

A Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores (APPC) antecipa um ano de 2024 complexo e imprevisível, com Portugal a enfrentar um desafio marcante para o seu futuro. A entidade liderada por Jorge Nandin de Carvalho considera que a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a transição do Portugal2020 para o Portugal2030, a definição do local para o novo aeroporto, o lançamento da linha de alta velocidade Lisboa-Porto, o encerramento do programa Ferrovia 2020 e a execução dos planos de aceleração na construção habitacional serão temas-chave no próximo ano. 

“A juntar a tudo isto”, adianta a APPC em comunicado, há “a recente instabilidade política, que adiciona uma camada adicional de incerteza a todo um cenário já por si bastante desafiante”. A associação prevê, por todos estes fatores, que “se viva num período prolongado sem a definição clara das prioridades do futuro Governo [as eleições legislativas estão agendadas para dia 10 de março], tornando as decisões importantes mais complexas”. 

“As empresas especializadas em consultoria, arquitetura, engenharia e fiscalização de empreendimentos têm demonstrado uma sólida resiliência operacional. No entanto, há desafios que se mantêm ao longo dos anos, como é o caso das práticas inadequadas na contratação pública, que priorizam a avaliação das propostas pelo preço, em detrimento da qualidade. Além disso, a incapacidade de revisão de preços impede a recuperação de perdas causadas pela inflação dos últimos dois anos”, afirma o presidente da direção da APPC. 

Segundo Jorge Nandin de Carvalho, a APPC “destaca a necessidade urgente de ações determinantes para preparar o setor para o futuro”. “A previsibilidade e a estabilidade emergem como requisitos cruciais para motivar a concentração e o surgimento de empresas nacionais de arquitetura e engenharia capazes de competir internacionalmente”, lê-se na nota enviada às redações.

Desta forma, a APPC diz esperar que sejam tomadas “decisões rápidas” e que se “evite um período de incertezas que possa comprometer as capacidades de gestão e desenvolvimento das empresas do setor”.

“(…) Apesar das atuais incertezas, a APPC espera que surjam sinais de estabilidade para sustentar os planos de atividades e investimentos das empresas representadas, permitindo um desenvolvimento sólido e sustentável em 2024”, remata a associação empresarial sem fins lucrativos que representa as empresas de consultoria do setor – é especialista em assuntos de engenharia, arquitetura e empresas de tecnologia de construção.

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