Mas as empresas na construção estão menos confiantes em dezembro, dando nota negativa às apreciações sobre as encomendas.
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Confiança dos consumidores
INE

A reta final de 2023 trouxe um novo alento aos portugueses, dada a desaceleração da inflação e das ligeiras descidas das taxas Euribor que acabam por reduzir (embora pouco) as prestações da casa. E os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) comprovam isso mesmo: o indicador de confiança dos consumidores e o indicador de clima económico aumentaram em dezembro, após a diminuição observada nos últimos meses. Mas no setor da construção a confiança caiu.

O INE explica no boletim publicado esta terça-feira (dia 2 de janeiro) que a confiança dos consumidores melhorou em dezembro, depois de ter diminuído nos quatro meses anteriores, devido ao contributo de todas as componentes:

  • expectativas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar;
  • opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar;
  • perspetivas da evolução futura de realização de compras importantes por parte das famílias.

“O saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços diminuiu em novembro e dezembro, após o aumento significativo registado em outubro ter suspendido o perfil descendente observado nos cinco meses anteriores”, explica o INE. Também o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu em dezembro, após os aumentos registados entre agosto e novembro.

Quanto ao clima económico, os consumidores também parecessem mais confiantes, já que este indicador aumentou em novembro e dezembro, após ter diminuído em setembro e outubro. Em concreto “os indicadores de confiança aumentaram no comércio e nos serviços, tendo diminuído na indústria transformadora e na construção e obras públicas”, explica o instituto.

No caso dos empresários, o saldo das expectativas sobre a evolução futura dos preços de venda aumentou em dezembro em todos os setores, após ter diminuído nos últimos dois meses na indústria transformadora, no comércio e na construção e obras públicas.

Menor confiança na construção e obras públicas

Confiança na construção
INE

No que diz respeito à construção e obras públicas, o INE destaca que o indicador de confiança “diminuiu entre outubro e dezembro, de forma mais expressiva no último mês, após ter aumentado em setembro”. E porque é que isto aconteceu? Devido ao “contributo negativo” das duas componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego (de forma ligeira no último caso).

Também o indicador de confiança diminuiu nas divisões de promoção imobiliária e de construção de edifícios, e de atividades especializadas de construção, tendo aumentado na divisão de engenharia civil.

Entre os principais fatores limitativos à atividade da construção indicados pelas empresas, a dificuldade em recrutar pessoal qualificado continuou a ser o “principal obstáculo” à atividade, verificando-se um aumento da percentagem de empresas que referiu este obstáculo, embora se tenha mantido abaixo do máximo da série atingido em agosto, explica o INE.

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