O Palácio Burnay, localizado na Rua da Junqueira, em Lisboa, vai ser reabilitado e lá será instalada a empresa Museus e Monumentos de Portugal, criada pelo Governo para gerir o património museológico e arquitetónico. Em causa está um investimento de 16 milhões de euros, revelou esta quinta-feira (4 de janeiro de 2024) o primeiro-ministro António Costa, anunciando também a extensão do Museu de Arte Antiga.
Segundo o ainda chefe de Governo – demitiu-se do cargo de primeiro-ministro e estão agendadas eleições legislativas para dia 10 de março –, o Conselho de Ministros aprovou o “investimento muito significativo de 26 milhões de euros” para “reforçar e dar continuidade à política de valorização do património cultural”.
Deste valor, 16 milhões de euros vão para a reabilitação do Palácio Burnay onde ficará instalada a empresa Museus e Monumentos de Portugal. “Desta forma, reabilitamos um edifício de grande valia, fortemente danificado pelo abandono a que tem sido votado desde que o ISCSP [Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa] ali deixou de funcionar”, explicou.
De acordo com a nota publicada no site do Governo, foram criadas duas entidades, o Instituto Património Cultural e a Museus e Monumentos de Portugal. Citado na mesma, António Costa diz que foi dado “um passo muito importante para que a cultura seja mesmo um Ministério e possa ter organismos que estão focados e centrados na realização das missões que lhe estão atribuídas: gestão de museus e monumentos, a sua valorização e animação e simultaneamente a valorização do património cultural”.
Expansão do Museu Nacional de Arte Antiga custa 10 milhões
Os restantes 10 milhões da dotação agora aprovada visam a compra de três prédios situados na Avenida 24 de Julho, “que permitirá finalmente a expansão do Museu Nacional de Arte Antiga, o que é algo muito importante”, salientou António Costa.
“Estes investimentos significam que o reforço do orçamento do Ministério [da Cultura] não se destina exclusivamente ao financiamento da criação cultural, à aquisição de obras de arte, mas também a dotar os organismos do Ministério da sua capacidade de atuação permanente”, acrescentou.
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