
A região de Valparaíso, na costa central do Chile, está a ser devastada por incêndios florestais, que já fizeram mais de uma centena de mortos. O mais recente balanço das autoridades chilenas aponta para um universo de mais de 3.000 casas destruídas, sendo já classificada como uma das maiores tragédias desde o grande terramoto de 2010.
"Estamos perante uma tragédia nacional. O presidente decretou luto nacional por dois dias, o que mostra a magnitude dos danos que infelizmente enfrentamos na região de Valparaíso", disse Monsalve esta segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024, de acordo com o jornal chileno El Mercurio, No entanto, sublinhou que as condições de controlo dos incêndios "melhoraram substancialmente".

"Hoje não há risco iminente para a vida das pessoas. É possível antecipar um eventual controlo dos incêndios nos próximos dias, mas eles ainda estão ativos e o trabalho continua. De acordo com os números atuais, há 165 incêndios no país, mais 11 do que no sábado, dos quais 40 ainda estão por controlar, 112 estão controlados e quatro foram extintos”, sintetizou.
Entretanto, vários altos responsáveis civis e das forças de segurança apontaram para a intencionalidade dos incêndios e avisaram que irão perseguir os responsáveis.

O chefe da Defesa Nacional chilena, contra-almirante Daniel Muñoz, disse em declarações à estação de rádio chilena ADN que há indícios de que "houve um planeamento, algo orquestrado e organizado" e até mesmo um "padrão de comportamento".
O diretor geral dos ‘Carabineros’, Ricardo Yáñez, também se referiu à intencionalidade dos novos focos de incêndio. "Se apanharmos pessoas a cometer crimes, acreditem que as vamos prender. Serão entregues ao Ministério Público, se for o caso, porque é nosso dever e obrigação", disse Yáñez à Radio Bío Bío.

O governador de Valparaíso, Rodrigo Mundaca, destacou a "manifesta intencionalidade" dos responsáveis."São um bando de desgraçados e bandidos que vieram para destruir esta cidade", denunciou.
"O que estamos a promover hoje é chegar às causas profundas da catástrofe na região [...]. Esperamos que a justiça possa julgar os responsáveis ", frisou, acrescentando que os incêndios transformaram-se em homicídios". "Perderam-se 10.000 hectares, o Jardim Botânico foi destruído, 122 pessoas perderam a vida e este número vai provavelmente continuar a aumentar", lamentou.
*Com Lusa




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