A região de Lisboa tem atraído cada vez mais famílias para viver, visitar e investir. E esta elevada procura tem-se refletido nos preços das casas, uma vez que a oferta de habitação não tem acompanhado a sua evolução. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que comprar casa na Grande Lisboa está 70% mais caro do que a nível nacional, com o preço médio a fixar-se nos 360.557 euros no segundo trimestre deste ano.
Ao dividir o montante total transacionado nas casas em Portugal no segundo trimestre de 2024 (cerca de 7,9 mil milhões de euros), pelo número de casas vendidas nesse período (37.125 habitações), conclui-se que as casas foram vendidas pelo preço médio de 212.167 euros a nível nacional. Este é o maior preço das casas em Portugal de que há registo pelo INE, numa série que remonta a 2009. E reflete uma subida do custo da habitação 3,3% face há um ano e de 44% face ao mesmo trimestre de 2019 (ou seja, em cinco anos), revelam os dados divulgados na sexta-feira, dia 20 de setembro.
Mas quanto custa comprar casa em cada região do país? A verdade é que os preços médios das habitações vendidas variam muito consoante a geografia. A Grande Lisboa é onde comprar casa está mais caro, com o preço médio a ascender a 360.557 euros, mais 70% do que a média nacional. Logo a seguir está o Algarve (321.699 euros), com o preço das casas a superar o registado em Portugal em 52%.
Já a região do país que apresenta as casas vendidas pelos preços mais baixos de todos é mesmo o Alentejo (116.766 euros), um valor 45% abaixo da média nacional. Além desta, há outras cinco regiões onde é possível comprar casa a preços mais baixos do que a média do país: Centro (124.518 euros), Oeste e Vale do Tejo (146.243 euros), Região Autónoma dos Açores (158.937 euros), Norte (175.092 euros) e no Grande Porto (210.154 euros).
Foi na região Norte que se venderam mais habitações no segundo trimestre de 2024 (10.995 unidades, cerca de 30% do total), sendo que mais de metade (5.894 casas) foram vendidas no Grande Porto. Em segundo lugar está a Grande Lisboa, onde foram vendidas 7.031 habitações (19% do total). Ainda assim, com o elevado preço das casas, a metrópole de Lisboa acabou por movimentar mais capital que a região Norte (cerca de 2,5 mil milhões e 1,9 mil milhões de euros, respetivamente). Já os Açores e a Madeira foram as regiões que registaram menos transações, movimentando menos capital.
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