
A indústria gráfica Printer Portuguesa, que foi fundada há 40 anos e comprada em 2012 pelo empresário angolano Álvaro Sobrinho, cujos bens e contas bancárias tinham sido arrestadas em Portugal no ano anterior, foi declarada insolvente este ano, tendo sido vendida em leilão por 10,25 milhões de euros. O comprador é um grupo de origem chinesa, para já ainda desconhecido.
Segundo o Jornal de Negócios, o leilão decorreu dia 4 de dezembro de 2024 nas instalações da Printer, em Rio de Mouro, Sintra, e esteve a cargo da leiloeira Avalibérica. Foi a leilão a totalidade da unidade industrial, incluindo o imóvel, bens móveis e marcas, pelo valor base de 9.536.620 euros.
A Printer, recorde-se, fechou portas 12 anos depois de ter passado para as mãos de Álvaro Sobrinho, deixando no desemprego 120 trabalhadores.
A ser validada, a oferta do grupo chinês dará para ressarcir quase 80% dos créditos reconhecidos em sede de insolvência da Printer, que totalizam 13 milhões de euros, incluindo 2,5 milhões de euros de Álvaro Sobrinho, que surge na lista de credores com morada na Suíça, escreve a publicação.
Os créditos do empresário são subordinados, ou seja, só serão devolvidos após o pagamento de créditos privilegiados e comuns. Perante este cenário, e tendo em conta o valor da venda dos ativos da Printer, Álvaro Sobrinho não deverá recuperar um só cêntimo.
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