Portugal e Espanha vão ter mais 2.000 quartos para estudantes até 2028

O número de alojamento para estudantes continua a ser insuficiente na Península Ibérica perante a alta procura. E esta falta de oferta motiva promotores imobiliários a unirem-se para desenhar soluções habitacionais para universitários. Foi o caso da Besix Red Portugal e da Promiris que acabam de anunciar uma parceria para criar 2.000 quartos para estudantes em algumas das principais cidades universitárias de Portugal e Espanha. 

A parceria agora anunciada entre a Besix Red Portugal e a Promiris prevê “o desenvolvimento de um portfólio de projetos PBSA (Purpose-Built Student Accommodation), representando cerca de 2.000 quartos distribuídos por várias cidades universitárias da Península Ibérica”, revelam em comunicado enviado às redações sem indicar que cidades são essas, nem o valor do investimento.

Sabe-se que os projetos de alojamento de estudantes deverão estar perto de campus universitários, de transportes públicos, de grandes centros comerciais e de serviços essenciais. E todos deverão ter elevada eficiência energética e ter em conta as necessidades atuais dos estudantes, seja a nível habitacional (espaços de convívio e áreas comuns), seja na prestação de serviços.

O desenvolvimento deste portfólio de alojamentos para estudantes deverá ser implementado de forma faseada: a primeira residência entrará em construção no início do ano letivo de setembro de 2026 e todos os projetos serão entregues por etapas até ao final de 2028. 

A aposta em quartos para estudantes surge depois da Promiris ter detetado no mercado português, quando entrou em 2018, “uma insuficiente oferta de infraestruturas de alojamento para estudantes no país, que é, no entanto, bem cotado e apreciado pela qualidade do seu ensino universitário”, explica Christian Terlinden, administrador da promotora imobiliária, que decidiu aliar-se à Besix Red de forma a implementar os projetos “mais rapidamente”.

Por sua vez, Gabriel Uzgen, CEO da Besix Red, explica que a empresa interessou-se por este segmento da construção de alojamento para estudantes numa estratégia de “limitar a exposição aos riscos através da diversificação de produtos e geografias”. Alem disso, “este setor é particularmente promissor: beneficia do apoio crescente das autoridades públicas, de compromissos de longo prazo por parte dos operadores e das universidades, bem como de um interesse certo por parte dos investidores institucionais”, conclui. 

Tendo em conta a dimensão do mercado de Portugal e Espanha e a “multiplicidade de cidades universitárias importantes”, as empresas poderão vir a identificar outras oportunidades de negócio ao longo do tempo.