Lisboa: edifício tricentenário convertido em casas de luxo
O Rossio, em Lisboa, está a assistir ao renascimento de um edifício com mais de 300 anos e à sua conversão num luxuoso empreendimento de 11 apartamentos turísticos. O Arco da Graça 10 será composto por cinco pisos e terá opções desde T0 a T2, numa reabilitação que conjuga a arquitetura tradicional da cidade com o conforto da construção contemporânea.
Freguesia de Benfica investe 29 milhões para criar mais habitação
A junta de freguesia de Benfica aprovou, em reunião de executivo, um pacote de 29 milhões de euros destinado ao investimento em habitação. Este é, garante, um “sinal inequívoco do compromisso e resiliência da comunidade no combate à grave crise habitacional que Lisboa atravessa”.
Novas licenças de AL: autarquias têm poder para deixar cair suspensão
Anunciado em fevereiro deste ano, e depois de meses de polémicas, o Mais Habitação está em vigor desde 7 de outubro, mas continua a gerar dúvidas entre os autarcas, nomeadamente no que diz respeito às novas licenças de Alojamento Local (AL), congeladas nos municípios do litoral até 2030. Mas, afinal, este não é um bloqueio total da atividade de AL nestes territórios de alta densidade. “É uma suspensão que permite aos municípios nas Carta Municipais de Habitação fazer esta avaliação do território, perceber onde é que devem estar os serviços, o desenvolvimento económico e turístico, mas também esta dimensão de habitação”, esclareceu Marina Gonçalves, ministra da Habitação em declarações ao idealista/news - na véspera do socialista António Costa anunciar a demissão como primeiro ministro, que levará à queda deste Governo que se mantém em funções, ainda que com poderes limitados, até haver uma nova solução governativa. Em termos práticos isto significa que os municípios têm poder de “levantar a suspensão do AL” nas freguesias onde considerarem que não existe carência de habitação.
Cerveira reabilita bairro social e cria habitação em edificado público
A Câmara de Vila Nova de Cerveira vai investir 5,5 milhões de euros para reabilitar 53 casas no bairro Social da Mata Velha e pretende reconverter edificado público devoluto em habitação para jovens. Em comunicado enviado às redações esta terça-feira (7 de novembro de 2023), a autarquia do distrito de Viana do Castelo adiantou que a candidatura para a reabilitação do bairro social da Mata Velha, propriedade municipal, “é uma das soluções consideradas prioritárias" no aditamento ao acordo de colaboração para a Estratégia Local de Habitação (ELH) de Vila Nova de Cerveira, no âmbito do programa 1.º Direito.
Investimento em imobiliário comercial em queda – recua 46%
Nos primeiros nove meses do ano, o investimento em imobiliário comercial somou 1.050 milhões de euros em Portugal, valor que apresenta uma quebra na ordem dos 46% face ao mesmo período de 2022. Em causa estão dados que constam no mais recente Market Pulse, da JLL. Trata-se de um recuo que se deve ao facto de haver “uma postura mais cautelosa dos investidores” e “um atraso na concretização de muitas operações, reflexo da crescente incerteza devido ao quadro macroeconómico e geopolítico”, refere a consultora. Esta é, de resto, “uma tendência global que está a afetar também Portugal”.
Vai nascer um projeto no Funchal com 72 quartos para jovens
Chama-se Living Studios 31 Janeiro e vai nascer no centro do Funchal (Madeira). O empreendimento vem acrescentar à região “mais 88 camas residenciais, distribuídas por unidades de alojamento com tipologias diversificadas, como quartos simples ou duplos e estúdios com kitchenettes”, refere o Governo Regional da Madeira (GRM), indicando que está em causa um investimento de cerca de sete milhões de euros.
Há 14 mil famílias à espera de casa acessível em Lisboa, Porto e Braga
A oferta de casas de renda acessível continua a ser escassa perante a elevada procura. E, em resultado, há milhares de famílias em Portugal que continuam a aguardar por uma habitação social em Portugal. Só nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, e em Braga contam-se 13.948 famílias à espera de uma casa acessível. Há mesmo uma família em Braga que está há 11 anos a aguardar por uma casa, sendo o caso mais grave a nível nacional.
Mais de 70% dos jovens em Portugal vive em casa dos pais, diz OCDE
O acesso à habitação em Portugal tem vindo a deteriorar-se nos últimos anos, devido aos elevados preços das casas, ao agravamento do custo de vida e às altas taxas de juro nos empréstimos. E prova disso é que a maioria dos jovens entre os 18 e 34 anos continua a ter dificuldades em emancipar-se, conseguir um emprego estável e comprar ou arrendar casa. Em Portugal, mais de 70% dos jovens continuou a viver em casa dos pais em 2022, sendo o terceiro caso mais grave entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Há muito a fazer para aumentar a oferta de casas e a OCDE faz várias recomendações neste sentido: desde logo, controlar o mercado de arrendamento está fora de questão.
Casas acessíveis em Lisboa? Preços têm de cair 17%, diz Moody's
Perante o atual contexto económico, a Moody’s prevê que haja uma queda nos preços das casas à venda nas principais cidades europeias. Mas não será o suficiente para melhorar a acessibilidade da habitação, já que não vai compensar o aumento do custo de vida, nem a subida dos juros nos créditos habitação. No caso de Lisboa, a agência de notação financeira estima que os preços das casas têm de cair na ordem dos 17% para que haja realmente uma melhoria no acesso à compra de casa na capital portuguesa.
Governo dos Açores reabilita 92 casas cedidas pela Força Aérea dos EUA
O Governo Regional dos Açores prevê lançar “no primeiro semestre de 2024” o concurso para a reabilitação de 92 casas cedidas pela Força Aérea norte-americana, na Praia da Vitória, para arrendamento com opção de compra, revelou esta quarta-feira (25 de outubro de 2013). "Contamos nos próximos dias lançar o procedimento para os projetos de execução desta empreitada e lançar a empreitada de reabilitação no primeiro semestre de 2024”, adiantou o vice-presidente do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima, acrescentando que as obras deverão estar concluídas “até dezembro de 2025”.
16 projetos da oposição na AR sobre crise na habitação - só aprovado 1
Os 15 projetos de lei apresentados pela oposição para responder à crise da habitação foram esta quarta-feira (25 de outubro de 2023) rejeitados no Parlamento, tendo sido aprovado apenas uma resolução da IL que propõe agregar legislação atualmente dispersa sobre construção de edifícios.
Bruxelas quer melhorar eficiência da habitação sem subir rendas
A Comissão Europeia (CE) publicou uma série de recomendações aos Estados-membros para combater a pobreza energética e reforçar a proteção das famílias, especialmente daquelas que se encontram numa situação mais vulnerável. Para enfrentar o inverno que aí vem, Bruxelas está a incentivar a renovação dos edifícios com pior desempenho energético, sem que isso represente uma subida exagerada das rendas das casas.
“Imobiliário vive um momento de muita prudência de todos os atores”
Cautela e esperar para ver. Este é o sentimento que partilham vários players do setor imobiliário em Portugal, que está a passar por momentos desafiantes. Em causa estão, por exemplo, as alterações legislativas inseridas no programa Mais Habitação e as medidas previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), às quais se junta a atual conjuntura económica, marcada por alta inflação e constantes subidas das taxas de juro. Por tudo isto, vive-se “um momento de muita prudência de todos os atores”, revela ao idealista/news Jorge Bota, presidente da Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária (ACAI).
Investigador propõe usar mosteiros e conventos para realojar pessoas
O património religioso abandonado ou subaproveitado, como mosteiros ou conventos, poderia ser utilizado para albergar pessoas desalojadas e ajudar a “resolver pontualmente alguns problemas ligados à habitação”. A ideia é defendida pelo investigador italiano Rolando Volzone, que levou o tema a debate na 4.ª edição da Conferência Internacional Arquitecturas da Alma, que começou esta quinta-feira, 19 de outubro, no Mosteiro da Batalha.
Há uma casa para a vida? Ou para cada momento?
Da juventude à velhice, a mudança é uma constante. Mas em cada etapa da vida, há um elemento comum: a casa. É nela que estudamos ou trabalhamos, desfrutamos sozinhos ou em família, e descansamos depois de um dia fácil ou difícil. É nela que podemos alimentar o sonho de construir e aumentar a família, mas também envelhecer e voltar a ter o ninho vazio. Seja em que momento for, a casa acompanha o ciclo da vida. E se antes a casa para a vida toda era a regra, hoje os novos contextos pedem alternativas, tal como contam os especialistas ouvidos pelo idealista/news.
Estabilidade é crucial para "ganhar a confiança dos investidores"
A Level Constellation (LC), empresa de capitais chineses, aterrou em Portugal em 2014 e investiu, desde então, em vários projetos imobiliários em Lisboa. Surgiu, entretanto, a pandemia e agudizou-se a crise habitacional com a subida da inflação e consequente aumento das taxas de juro. O mercado nacional tem um problema generalizado de stock residencial, tanto para comprar como para arrendar, e vários players do setor reclamam, há muito, o aumento da oferta de casas, mas o contexto nacional dificulta o objetivo, a vários níveis, e as constantes alterações legislativas estão a deixar marcas. “Um país com instabilidade nas políticas terá muita dificuldade em ganhar a confiança dos investidores”, avisa Qinglei Dai, vice-presidente e cofundadora da promotora imobiliária, em entrevista ao idealista/news.
RNH contribuem para a subida dos preços das casas em Portugal?
A decisão já está tomada: o regime dos residentes não habituais (RNH) vai mesmo acabar em Portugal a partir de 2024, tendo sido criado um novo incentivo fiscal para a investigação científica e inovação nos mesmos moldes, mas “mais restrito”. O Governo decidiu, portanto, não prolongar “uma medida de injustiça fiscal, que já não se justifica e que é uma forma enviesada de inflacionar o mercado de habitação, que atingiu preços insustentáveis”, tal como argumentou António Costa. Mas, afinal, quem são estes RNH e como é que vivem em Portugal? Como é que a sua presença afeta o mercado da habitação? Na ausência de estudos divulgados sobre a relação entre os RNH e a subida dos preços das casas, o idealista/news questionou vários especialistas para descobrir se, afinal, há ou não uma ligação. Admitem que há um impacto “residual” dos RNH na compra de casa e que, por isso, o fim deste estatuto não vai resolver o problema de acesso à habitação em Portugal.
Medidas para aliviar juros não solucionam crise habitacional, diz FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) classifica as medidas do Governo português para aliviar o impacto das taxas de juro no crédito à habitação como “provisórias” e que não solucionam a crise, pedindo que sejam temporárias e dirigidas aos vulneráveis.
“São medidas provisórias, não são uma solução
Viana do Castelo: serão construídas 60 casas por quase 8 milhões
A Câmara de Viana do Castelo aprovou esta quinta-feira (12 de outubro) com os votos contra dos três vereadores do PSD e CDS-PP a adjudicação da empreitada de construção de 60 novas casas, na freguesia de Darque, por quase oito milhões de euros. A construção da urbanização municipal do Carvalhal, que recolheu os votos favoráveis dos cinco elementos do PS e da vereadora da CDU, está integrada na Estratégia Local de Habitação (ELH).
OE2024: a aposta do Governo para que o Mais Habitação dê resultados
A habitação está, mais do que nunca, no centro do debate político e social em Portugal, tendo sido agora assumida como uma das prioridades do Governo socialista para o próximo ano.
Quase 88% dos municípios desenvolvem Estratégias Locais de Habitação
Quase 88% dos municípios estão a desenvolver Estratégias Locais de Habitação (ELH), tendo identificado 86 mil famílias a viverem em condições indignas, segundo o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), entregue esta terça-feira (10 de outubro de 2023) no Parlamento.
Da habitação ao IRS: descobre todas as medidas do OE2024 neste guia
Já são conhecidos os pormenores do Orçamento de Estado para 2024 (OE2024). Na tarde desta terça-feira, dia 10 de outubro, o ministro das Finanças Fernando Medina entregou na Assembleia da República a proposta de lei que define as contas públicas para o próximo ano, que vem aumentar pensões e salários, descer o IRS e ainda reforçar os apoios à habitação, numa altura em que o país enfrenta uma crise de acesso a casa própria. Mas há mais novidades que tocam os bolsos dos portugueses, como o alagarmento das creches gratuitas e o agravamento do IUC. Fica a conhecer tudo neste guia com todas as novidades do OE2024 preparado pelo idealista/news.
Habitação acessível: vem aí uma linha de financiamento de 250 milhões
O aumento da oferta de habitação acessível em Portugal, uma das bandeiras do programa Mais Habitação – a Lei n.º 56/2023 foi publicada dia 6 de outubro de 2023 e o diploma entrou em vigor no dia seguinte –, parece estar a sair do papel, tendo a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, 90 dias desde a entrada em vigor da referida lei para publicar a portaria que regulamenta os termos e condições da linha de financiamento de 250 milhões de euros.
O que já se sabe do OE2024: habitação entre as prioridades
A proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) será entregue esta terça-feira, 10 de outubro, no Parlamento, depois de o Governo ter apresentado as linhas gerais do documento aos partidos. Numa altura em que o país se debate com uma grave crise na habitação, as medidas de apoio neste âmbito estarão entre as prioridades, assim como a descida do IRS com atualização dos escalões, aumento das pensões e salários. Eis um resumo daquilo que já se sabe e irá impactar a vida das famílias e empresas.
Acesso à habitação pior que em 2008 – e juros agravam cenário
O acesso à habitação via crédito bancário em Portugal continua a degradar-se, e está pior que na última crise financeira em 2008, segundo o Banco de Portugal (BdP). Estudo do regulador mostra que o esforço financeiro para comprar uma casa, no final de 2022, “situava-se em valores elevados, cerca de 11% acima dos máximos observados em 2007-2008”.