"É preciso estimular a construção sem comprometer a qualidade"

“É preciso equilíbrio: estimular a construção sem comprometer a qualidade”. Para o arquiteto Gonçalo Nobre da Veiga, que fundou a empresa de engenharia e construção especializada em reabilitação e construção sustentável SPEISSE em 2017 – juntamente com o engenheiro civil Miguel Ferreira –, o setor da construção e do imobiliário em Portugal necessita de “medidas consistentes, que não mudem a cada ciclo político”. “É essencial descomplicar os processos, tornar os licenciamentos mais rápidos e objetivos, e criar incentivos reais para quem quer construir com qualidade”, diz ao idealista/news, deixando um aviso: “O país precisa de casas, mas também de boas decisões”.
Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros

Fernando de Almeida Santos reeleito bastonário da Ordem dos Engenheiros

Fernando de Almeida Santos foi reeleito bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE) para o triénio 2025-2028, com 83% dos votos apurados, avançando assim para o seu segundo mandato. A acompanhá-lo nesta missão estão Dina Dimas e Jorge Liça, eleitos para a vice-presidência nacional. O bastonário mostra-se determinado em “valorizar os engenheiros para valorizar Portugal”.
Entrevista com bastonário da Ordem dos Engenheiros

“Não estamos a conseguir resolver o problema da habitação”

Fernando de Almeida Santos foi eleito bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE) em 2022, terminando o mandato em 2025. Antes, entre 2016 e 2022, foi vice-presidente nacional, tendo o percurso na OE começado no longínquo ano de 1997, como delegado-adjunto de Braga. Recebe-nos na biblioteca da sede nacional da OE, em Lisboa, para uma longa conversa. “Sentimos que estamos a trabalhar não só para os nossos membros como para a engenharia em geral e para a sociedade no seu todo. Temos sentido de missão”, diz, mostrando-se otimista quanto ao futuro da profissão. “Estamos no bom caminho e Portugal está bem servido naquilo que tem a ver com a profissão de engenheiro”. Entre os temas abordados na entrevista estão a falta de mão de obra na construção e a crise da habitação, um problema que o país não está a conseguir resolver, assegura.
Construção de casas em Portugal

Construção de casas vai crescer entre 1,5% e 4,5% em 2023

A construção enfrentou uma panóplia de constrangimentos ao longo de 2022. Os preços dos materiais continuaram a subir e a mão de obra ficou mais cara. Mas, mesmo assim, o setor deu provas de resiliência: a construção de habitações aumentou 3,7% em 2022, segundo estima a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN). E para 2023 tudo indica que a produção da construção de habitações vai continuar a crescer entre 1,5% e 4,5%, prevê ainda a associação.
“Nos centros muita da reabilitação tem passado pela destruição dos interiores dos edifícios antigos”

“Nos centros muita da reabilitação tem passado pela destruição dos interiores dos edifícios antigos”

“Nos centros e bairros históricos, em particular em Lisboa e no Porto, muita da reabilitação tem passado pela destruição dos interiores dos edifícios antigos, com perda de elementos com valor histórico-artístico”. Quem o diz é Vitor Cóias, o primeiro engenheiro português a ser distinguido com a Medalha Richard H. Driehaus para a Preservação do Património, que distingue profissionais e instituições que contribuem de forma significativa para a preservação do património, dando continuidade às tradições de construção e arquitetónicas na Península Ibérica. “O que se tem passado em Lisboa, no Porto e noutras cidades, não tem sido, em grande parte, uma verdadeira reabilitação, porque esta tem de envolver as pessoas, os moradores”, sustenta, em entrevista ao idealista/news.
Setor da construção está a crescer acima do previsto

Setor da construção está a crescer acima do previsto

O desempenho da construção revelou-se positivo durante o ano de 2017, com a produção a crescer a um ritmo superior ao que seria expectável, mais 5,9% face aos 2,6% previstos no início do ano. A confirmar-se, esta será a variação mais positiva dos últimos 19 anos.
Produção na construção cai 15,9% em outubro

Produção na construção cai 15,9% em outubro

O Índice de Produção na Construção registou, em outubro, “uma variação de -15,9% em termos homólogos”, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se, ainda assim, de uma quebra menor que a registada em setembro (-16% quando comparada com o mesmo mês do ano passado).
construção com valor mais baixo de obras de sempre

construção com valor mais baixo de obras de sempre

o sector da construção atingiu, no primeiro trimestre deste ano e pela primeira vez desde que há registo, o valor mais baixo de encomendas em carteira, com apenas 5,6 meses de produção assegurada, avança a análise de conjuntura da federação portuguesa da indústria da construção e obras públicas (fep
sector imobiliário viveu em 2012 o pior ano das últimas décadas

habitação com quebra de 17% em 2011

o ano de 2011 fica marcado por quebras na actividade na habitação, nos edifícios não residenciais e na engenharia civil que atingiram, respectivamente, os 17%, os 8,5% e os 5,0%, revela a revista construir citando os dados divulgados pela federação portuguesa da indústria da construção e obras públi