“Simplex veio introduzir alguma incerteza e provocar muitas dúvidas”

“Muita coisa vai mudar no licenciamento, e felizmente já estávamos no caminho certo antes sequer de surgir esta legislação nacional”. Joana Almeida, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa (CML) com o pelouro do Urbanismo, revela em entrevista ao idealista/news que o novo simplex urbanístico, que entrou em vigor recentemente e fez correr muita tinta, “veio introduzir alguma incerteza e provocar muitas dúvidas”. Adianta, no entanto, que já se estava a fazer na autarquia “uma versão do simplex, uma simplificação realista e com conhecimento profundo da realidade e necessidades municipais”. 

“Estratégia Lisboa 2040 servirá de base à revisão do PDM”

Maria Joana Coruche de Castro e Almeida é vereadora da Câmara Municipal de Lisboa (CML) desde setembro de 2021 e tem os pelouros do Urbanismo, dos Sistemas de Informação e Cidade Inteligente e da Transparência e Prevenção da Corrupção. Em entrevista ao idealista/news, faz um balanço “muito positivo do trabalho realizado até agora, com diversos desafios já superados”. E revela, entre outras coisas, que a autarquia está “a construir a Estratégia Lisboa 2040, que servirá de base à revisão do Plano Diretor Municipal (PDM)”.
Simplex urbanístico

Simplex: Lisboa e Porto com dezenas de pedidos para alterar espaços

As duas principais cidades do país, Lisboa e Porto, registaram desde a adoção das novas regras do licenciamento dezenas de pedidos para alterar a utilização de espaços como lojas e garagens, na maioria para habitação. De acordo com o correntemente denominado Simplex urbanístico, em vigor desde 4 de março, toda a tipologia de frações que não sejam de habitação pode ser transformada para fins habitacionais desde que previamente comunicado às autarquias, que têm 20 dias para responder ou iniciar processo de vistoria.
Arquitetos querem alterações no simplex urbanístico

Arquitetos querem "alteração rápida e assertiva" ao simplex urbanístico

A morosidade nos processos de licenciamento mantém-se, sendo necessário retificar alguns aspetos do simplex urbanístico – o Decreto-Lei n.º 10/2024, que entrou em vigor na totalidade a 4 de março – e das respetivas portarias. Quem o diz é a Ordem dos Arquitetos (OA), que propõe uma “alteração rápida e assertiva ao simplex urbanístico”. 
Construir casas em Portugal

Casas acessíveis? "Preços não cruzam com custos de construção"

À partida, construir casas para a classe média parece ser uma boa aposta, tendo em conta a elevada procura que existe em Portugal. Mas, no final de contas, colocar casas no mercado a preços acessíveis para estas famílias revela-se muito difícil. “O problema hoje é que os números não cruzam, porque temos custos de construção que aumentaram brutalmente depois da pandemia e o preço dos terrenos também tem estado a aumentar”, comenta Nuno Santos, Head of Portugal da RE Capital, em entrevista ao idealista/news. Somando estes custos aos impostos na construção, uma casa de 100 metros quadrados já iria chegar ao mercado por mais de 250 mil euros. “Para que o negócio seja interessante para os investidores, temos de ir para um preço de venda que já não faz sentido para a classe média”, garante o responsável.
arquitetos

Arquitetos concordam com “necessidade de corrigir e aprofundar Simplex”

A Ordem dos Arquitetos (OA) considera que a nova estratégia de habitação apresentada pelo Governo representa um “avanço positivo”, mas deixa alguns alertas. Sublinha o “processo incremental sem ruturas desnecessárias, centrado na urgência”, mas olha para o cumprimento do calendário como sendo difícil e “verdadeiramente otimista”.
Comprar casa sem licença

Simplex dispara casas à venda sem licença por parte de fundos

Desde janeiro de 2024, deixou de ser obrigatório apresentar licença de utilização ou ficha técnica da habitação na venda das casas. Esta foi uma mudança legislativa gerada pelo simplex dos licenciamentos urbanísticos, que já está a colocar várias casas no mercado. Boa parte destas casas à venda sem licença está a ser promovida por fundos de investimento que compram carteiras de malparado à banca.
garagens

Transformar uma garagem em habitação - o que diz a lei

A conversão da utilização de uma garagem para habitação tornou-se, com as alterações ao Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE) trazidas pelo novo simplex urbanístico, bastante mais fácil. Mas, afinal, o que é preciso fazer? O que dizem as regras? Explicamos, com fundamento jurídico.
Preço das casas em Portugal

Comprar ou arrendar casa em Portugal: preços vão descer em 2024?

As famílias em Portugal continuam a precisar de casas para viver. Mas o atual contexto económico incerto retraiu a mudança de casa em 2023, tendência que desacelerou o aumento dos preços das casas para comprar ou arrendar. Mas será que em 2024 vai continuar a assistir-se a uma menor subida dos custos da habitação? Ou poderá mesmo haver uma descida nos preços das casas? Foi isso mesmo que o idealista/news procurou saber junto de profissionais do imobiliário, que não acreditam que haja uma correção acentuada dos preços das casas em Portugal. Isto porque, para que isso fosse possível, seria preciso aumentar - e muito - a oferta de casas para comprar e arrendar no país, algo que o Mais Habitação, tal como está, não será capaz de fazer. Resta agora saber se o novo Governo de Montenegro, que tomou posse a 2 de abril, vai alterar ou não este pacote para que haja um maior dinamismo na construção de casas em Portugal.
alojamento local

Decreto-lei do simplex gera dúvidas no Alojamento Local

O novo simplex veio facilitar o processo de reconversão de imóveis comerciais em habitação, sendo possível fazê-lo sem autorização do condomínio desde o início deste ano. No entanto, o novo artigo que resultou da alteração ao Código Civil gerou algumas dúvidas sobre a atividade de Alojamento Local (AL) que também tem novas regras, com a entrada em vigor do Mais Habitação. Explicamos.
Lisboa

Estado “caótico” nas autarquias com o novo simplex

O novo simplex urbanístico só entrou em vigor no passado dia 4 de março, mas já está a provocar algum reboliço nas autarquias, tal como antecipavam muitos profissionais do setor. A vereadora da Câmara Municipal de Lisboa (CML), responsável pelo urbanismo, Joana Almeida, por exemplo, lamenta o pouco tempo que foi dado aos municípios para conhecerem e se adaptarem às novas regras. Fala mesmo num “estado caótico” em muitas câmaras do país.

Simplex: "Há contradições legislativas que criam insegurança"

“A crise da habitação só se resolve com mais investimento na construção e na compra para arrendamento, mais construção e reabilitação, mais habitações para venda e para arrendamento. Só medidas claramente direcionadas para esses fins e que deem confiança aos particulares poderão mostrar-se eficazes”. Quem o diz, em entrevista ao idealista/news, é Nuno Antunes, presidente da Associação dos Industriais da Construção de Edifícios (AICE), associação sem fins lucrativos fundada a 7 de novembro de 1975 “por um grupo de empresários empenhados em juntar esforços para profissionalizar o setor”, segundo é possível ler no site da entidade.
Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa

Semana da Reabilitação Urbana está de volta a Lisboa a 9 de abril

A Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa está de regresso já no próximo mês. Esta que é a 11.ª edição do evento vai realizar-se na Lx Factory, na zona de Alcântara, entre 9 a 11 de abril. E vai reunir um conjunto de expositores, conferências e debates sobre os temas quentes do imobiliário em Portugal, contando já com a presença de Carlos Moedas, autarca da capital. Uma vez mais, o evento conta com o idealista enquanto portal oficial do evento.
Revisão do Mais Habitação e simplex

Mais Habitação e simplex revistos após eleições 2024: sim ou não?

O polémico Mais Habitação vai ser uma herança deixada pelo Executivo socialista ao novo Governo, tal como o simplex dos licenciamentos urbanísticos. Ambos chegaram ao mercado com os objetivos certos: colocar mais casas no mercado e agilizar os licenciamentos na habitação. Mas os profissionais do imobiliário admitem ao idealista/news que ambos os diplomas devem ser revistos pelo novo Governo que vai ser conhecido após as eleições legislativas de 10 de março. Isto porque, caso não haja alterações, corre-se o risco de produzirem efeitos contrários, refletindo-se em menos habitação e maior complexidade nos licenciamentos.
Simplex dos licenciamentos em Portugal vai entrar em vigor

Simplex dos licenciamentos: Governo ouve engenheiros e mexe na lei

O novo simplex urbanístico entra em vigor esta segunda-feira (dia 4 de março de 2024), tendo as portarias complementares ao novo regulamento (Decreto-Lei n.º 10/2024) sido publicadas em Diário da República (DR). Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), diz que pouco falou no assunto para evitar (mais) polémicas, mas mostra-se agora mais descansado, considerando que o tema está “muito bem resolvido” e que o Governo ouviu as sugestões da OE e ajustou as referidas portarias. “Não há termo de responsabilidade sem vínculo ao reconhecimento do exercício profissional pelas associações profissionais repetitivas”, assegura em entrevista ao idealista/news. 
Simplex dos licenciamentos em Portugal

Portarias complementares ao simplex urbanístico publicadas em DR

O (Decreto-Lei n.º 10/2024), que procede à reforma e simplificação dos licenciamentos no âmbito do urbanismo, ordenamento do território e indústria – o chamado simplex dos licenciamentos urbanísticos –, entra em vigor esta segunda-feira (4 de março de 2024), tendo as portarias necessárias para a operacionalização e aplicação do diploma, que vem alterar e simplificar muitos dos procedimentos do antigo Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), já sido publicadas em Diário da República (DR).
Mudar uso de escritórios para habitação

Mudar uso de escritórios e lojas para habitação: onde é mais rentável?

O simplex dos licenciamentos urbanísticos já chegou ao mercado e promete gerar uma onda de mudança, de forma a aumentar a habitação disponível para comprar e arrendar. E uma das novidades passa mesmo por facilitar o processo de reconversão de imóveis comerciais em habitação, já que é possível fazê-lo sem autorização do condomínio desde o passado dia 1 de janeiro de 2024. Esta medida pode, assim, estimular a tendência já identificada em Portugal de converter lojas e escritórios em habitação. Mas onde é que poderá compensar mais aos proprietários fazer esta transformação dos imóveis? Na maioria das freguesias de Lisboa e do Porto, arrendar casa é mais rentável do que o arrendamento de um escritório ou loja, tal como revelam os dados do idealista/data.

Mais casas? “Sintonia mais estreita entre público e privado” é crucial

A Habitat Invest, fundada há mais de duas décadas por Filipe Soares Franco, antigo presidente do Sporting, e Luís Corrêa de Barros, sobreviveu a várias crises e está de pedra e cal em Portugal, tendo em desenvolvimento 12 projetos imobiliários, num total de 537 unidades habitacionais. “Somos o promotor imobiliário com mais projetos concluídos e mais obras entregues”, diz ao idealista/news Luís Corrêa de Barros, enaltecendo a “importância de existir [cada vez mais] uma sintonia mais estreita entre o setor público e o privado, com o objetivo comum de incrementar a oferta habitacional”. 
comprar casa

Como funciona a reserva de um imóvel? Regras e cuidados a ter

O acordo de reserva de um imóvel é provavelmente (a par com o contrato promessa de compra e venda) um dos modelos contratuais mais utilizados no âmbito da relação de mediação imobiliária, principalmente quando relativa a imóveis residenciais. Mas, afinal, para que serve? E que cuidados é preciso ter? O novo simplex tem algum tipo de impacto? Explicamos tudo neste artigo com a ajuda de especialistas legais.
simplex urbanístico

Novo simplex: pode-se arrendar uma casa sem licença?

O novo simplex urbanístico permite a compra e venda de casas sem a apresentação obrigatória de, como se diz na gíria, licença de utilização ou habitabilidade. Esta é, de resto, uma das medidas que tem suscitado maior debate, pelos desafios (e até alguns perigos) que coloca.
Comprar casa mais fácil em 2024

Procura de casa ganha força com queda dos juros – e oferta com simplex

O atual clima económico incerto arrefeceu a procura de casas em Portugal em 2023, tanto para comprar, como para arrendar. E este contexto, que abrandou o número de transações de venda, teve efeitos no ritmo de crescimento do preço da habitação em ambos os mercados, que carecem de oferta - ainda que no arrendamento comece a haver sinais de uma viragem com um aumento das casas disponíveis. Quanto a 2024 há vários motivos para olhar com otimismo: os especialistas ouvidos pelo idealista/news acreditam que a procura de casas para comprar vai voltar a ganhar força assim que os juros nos créditos habitação começarem a cair de forma mais expressiva. E o simplex dos licenciamentos deverá estimular a colocação de casas no mercado de compra e venda – apesar de haver riscos. Por outro lado, há quem acredite que o Mais Habitação vai continuar a reforçar o stock de casas no mercado de arrendamento e baixar rendas, sendo que também há quem discorde e diga que as medidas estão a afastar proprietários. Afinal, como se vai comportar o imobiliário em Portugal este ano? Neste artigo, antecipamos as tendências.
Impacto do simplex na compra e venda de casas

Simplex na venda de casas: Governo justifica-se com “controlo prévio”

O novo simplex dos licenciamentos urbanísticos traz várias novidades para o setor imobiliário. Desde logo porque, no momento da celebração do contrato de compra e venda de um imóvel, deixa de ser obrigatório exibir ou provar a existência da ficha técnica de habitação e da autorização de utilização. Uma preocupação já deixada ao idealista/news pelo bastonário da Ordem dos Notários, Jorge Batista da Silva. O Governo responde e explica que, apesar da dispensa de apresentação de licença e ficha técnica do imóvel na escritura, mantêm-se em vigor mecanismos de “controlo prévio”. 
Arquitetos atentos às cooperativas de habitação e à descarbonização

Arquitetos atentos a novos sistemas construtivos e às cooperativas

“Estamos num momento de certa mudança de paradigma ao nível do setor da construção e a arquitetura será, talvez, uma das principais disciplinas que estará envolvida nisso. Temos de mudar algumas das metodologias e alguns dos processos construtivos”. O alerta é dado por Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitetos (OA), em entrevista ao idealista/news. A necessidade de apostar na descarbonização e em novos materiais, como por exemplo a madeira, não está a passar ao lado dos arquitetos, garante, assegurando também que a “questão das cooperativas de habitação é um tema que é muito caro” entre a classe.