Imobiliário na Suécia ameaça agravar crise económica no país

Imobiliário em queda livre na Suécia ameaça agravar crise económica

A subida da taxa de inflação e o aumento dos custos relacionados com a compra de casa levaram os preços da habitação a uma trajetória de queda acentuada em todo o mundo, mas um dos países onde essa tendência está a manifestar-se de forma mais rápida é a Suécia. Depois de um boom imobiliário de décadas alimentado por crédito habitação barato, escassez de oferta e empréstimos apenas com juros, a maior economia da região nórdica está agora a atravessar uma forte contração do mercado imobiliário, que ameaça aprofundar uma crise económica iminente, a maior entre os Estados-membros da União Europeia (UE).
crise imobiliária Suécia

Suécia atravessa pior crise imobiliária desde 1990, diz a Bloomberg

A Suécia vive uma correção significativa nos preços das casas, que já caíram 12% desde o seu máximo, enquanto as principais instituições suecas dizem que pode chegar aos 18%-20%, e continuarão a cair até ao final de 2023. Os especialistas já antecipavam a vulnerabilidade do mercado residencial sueco, onde 44% das famílias estão expostas às flutuações das hipotecas de taxa variável, e a sentir pressão pelo aumento do custo de vida. Reino Unido, EUA, Austrália ou Nova Zelândia também arriscam quedas significativas.
preço das casas Suécia

Preço das casas na Suécia cai 11,2% em meio ano  

O mercado imobiliário sueco, que foi um dos mais “quentes” durante a pandemia, está a atravessar uma crise. O preço das casas caiu 11,2% em setembro, face ao pico atingido em março, sendo esta a maior queda registada desde a última crise financeira global, segundo a Bloomberg. A explicar este arrefecimento está, entre vários fatores, a forte subida das taxas de juro.
Juros a subir (também) na Suécia: taxa diretora aumenta 1%

Juros a subir (também) na Suécia: taxa diretora aumenta 1%

A inflação alta está “a bater à porta” de todos os países e, claro, a deixar marcas na economia e a ter impacto no custo de vida das pessoas. O Banco Central da Suécia decidiu, à semelhança do que fez, por exemplo, o Banco Central Europeu (BCE), subir a taxa diretora em um ponto percentual. Trata-se de um aumento superior ao esperado pelos analistas, que anteviam uma subida já elevada, mas de 75 pontos base. O objetivo desta decisão passa por combater a inflação, a mais elevada no país em 30 anos.