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Os liquidatários da Rio Forte Investments, sociedade ligada ao Grupo Espírito Santo (GES) que está insolvente, anunciaram agora a suspensão da venda dos ativos do grupo ligados à Herdade da Comporta.

“Os liquidatários da Rio Forte Investments consideram não ter outra opção que não seja suspenderem o processo de venda dos ativos na Herdade da Comporta”, indica um comunicado publicado no ‘site’ oficial das insolvências do GES em território luxemburguês, citado pela Lusa.

“Na sequência do arresto de vários ativos da Rioforte Investments, em insolvência, e das suas subsidiária e afiliadas”, refere também o comunicado, “os liquidatários do Luxemburgo têm estado em contacto com as autoridades portuguesas, nomeadamente o DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal), para implementarem medidas de cooperação”.

Tal como recorda a agência de notícias, a venda da Herdade da Comporta, que fica situada nos concelhos de Alcácer do Sal e de Grândola, tinha sido decidida por um tribunal do Luxemburgo - que esperava receber propostas de compra até meados do mês de junho -, na sequência do colapso financeiro do GES.

Entretanto, em maio passado, a Procuradoria-Geral da República esclareceu que o arresto de bens a pessoas e empresas ligadas ao ‘Universo Espírito Santo’, que estava a decorrer, visava impedir “uma eventual dissipação de bens”, que ponha em causa pagamentos em caso de condenação.

Americanos deixam cair compra do crédito da CGD a Comporta  

O arresto de bens do universo GES teve mais consequências. Na sequência da decisão do Ministério Público, os investidores americanos que tinham acordado a compra do crédito de cerca de 100 milhões de euros que a Caixa Geral de Depósitos tem sobre o fundo Herdade da Comporta deixaram vencer este contrato sem fecharem a aquisição daquela dívida, segundo avança hoje o Jornal de Negócios.

O jornal diz que o prazo limite para a concretização do acordo terminou no final de maio, sem que o financeiro Asher Edelman e a Armory Merchant, de David Storper, tenham comprado o crédito à CGD.

O arresto de bens incluiu, ainda de acordo com diário, as participações maioritárias que a Rioforte, antiga "holding" do GES, tem no Herdade da Comporta - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF) e na Herdade da Comporta - Actividades Agro Silvícolas e Turísticas.

E também os terrenos e contas bancárias desta empresa terão sido alvo de arresto.

Nos últimos cinco meses, o atraso no pagamento do empréstimo por parte da Herdade da Comporta aumentou em 1,68 milhões de euros o valor que o fundo deve à CGD. No final de maio, o montante do empréstimo superava já os 103 milhões de euros.  

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