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Os dados mais recentes do Banco de Portugal mostram que o crédito à habitação voltou aos níveis pré-crise no mercado nacional. Em média, os bancos estão a emprestar à volta de 19,6 milhões de euros por dia para a compra de casa. E os 587 milhões de euros acumulados ao longo do mês de junho representam o valor mais elevado desde março de 2011.

Já em julho, os empréstimos concedidos pelos bancos com o destino habitação caíram 2,7% em termos homólogos, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta terça-feira.

Banca mete as garras de fora

A banca, "apesar de assumir uma postura um pouco mais restritiva ao conceder 80 a 85% do valor da casa (em vez dos 100% ou mais que costumava financiar) já está a entrar na guerra dos spreads e da publicidade agressiva de outros tempos", analisa Natália Nunes, coordenadora do Gabinete de Apoio ao Sobre-Endividado, citada pelo Jornal de Negócios, num artigo recuperado pelo ImoNews.

Lembrando que os atuais mínimos históricos das taxas Euribor não irão durar para sempre, a responsável alerta ainda para a arriscada sensação de segurança provocada por uma retoma económica ainda pouco consolidada. "

Aliás, hoje em dia, à medida que cresce o financiamento para a compra de casa, aumenta também o malparado no crédito à habitação. Segundo o BdP, o incumprimento das famílias no pagamento da prestação da casa subiu 70 milhões de euros num mês, para um total de mais de 2.600 milhões de crédito malparado. O valor mais alto desde novembro de 2014.

Em julho, a percentagem de devedores do setor das famílias com crédito vencido diminuiu, porém, 0,1 pontos percentuais em relação a junho, fixando-se em 14,1%, segundo os dados mais recentes do BdP.

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