Bancos emprestaram 97,9 mil milhões de euros para comprar casa, o que representa uma subida de 4,8% face a março de 2021.
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Crédito habitação em Portugal
Foto de Andrea Piacquadio en Pexels

O clima macroeconómico é de pura incerteza. Depois da pandemia, chegou a guerra da Ucrânia que está a baralhar as contas das empresas e famílias, que veem a inflação a crescer mês após mês desde o início do ano. Todo este cenário reflete-se nos créditos habitação: desde logo, as taxas Euribor estão a subir e a com prazo a 12 meses já está em terrenos positivos. Mas parece que continua a haver poder de compra e apetite por comprar casa em Portugal, já que, segundo diz o Banco de Portugal (BdP), “os empréstimos à habitação não cresciam tanto desde outubro de 2008”.

Os dados avançados na passada sexta-feira, dia 29 de abril de 2021, pelo regulador liderado por Mário Centeno mostram que no final de março o montante total de empréstimos à habitação foi de 97,9 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 4,8% face a março de 2021. E este foi mesmo o maior salto no montante de crédito habitação concedido desde outubro de 2008, quando subiu 5%.

O montante de crédito habitação em Portugal tem registado uma taxa de variação homóloga igual ou superior a 4% desde agosto de 2021. E em relação ao mês anterior - quando registou um aumento de 4,6% -, este crescimento foi superior em 0,2 pontos percentuais. Isto significa que em março o valor de emprestimos habitação subiu em 485 milhões de euros face a fevereiro de 2022.

 “Os empréstimos aos particulares voltaram a acelerar nas finalidades habitação e consumo”, conclui o BdP. E foram concedidos 19,9 mil milhões de euros em empréstimos ao consumo no passado mês de março, mais 4,8% que em março de 2021.

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