Além da TAN e TAEG, há outros fatores a ter em conta na hora de escolher o crédito habitação mais vantajoso. Vem daí descobrir.
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Crédito habitação mais barato
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A compra da casa é um dos momentos mais importantes na vida das famílias. E para o fazer, o mais comum mesmo é recorrer ao crédito habitação, cujo montante concedido pelos bancos tem dado sinais de subida a cada mês. E, por isso, é importante saber quais são os principais indicadores a ter em conta para contratar o empréstimo habitação mais barato. Neste artigo preparado pelo idealista/news, explicamos exatamente quais são os principais elementos chave a focar para escolher o crédito habitação mais vantajoso para o teu caso.

A corrida ao crédito habitação está instalada em Portugal. Isto porque em março o montante total de empréstimos concedidos para habitação atingiu os 97,9 mil milhões de euros, representando uma subida de 4,8% face a março de 2021 – este foi mesmo o maior crescimento registado desde outubro de 2008, segundo apontou o BdP na passada sexta-feira, dia 29 de abril de 2022.

A verdade é que cada crédito habitação tem as suas particularidades. E um empréstimo que ao princípio pode parecer o mais barato, no final de contas poderá não o ser. Por via das dúvidas, o melhor mesmo é comparar as diferentes soluções de crédito habitação disponíveis no mercado para perceber qual é a opção mais barata. Vem daí conhecer quais são os pontos que devem ser levados em conta na hora de avaliar e decidir qual é o empréstimo da casa mais vantajoso para ti.

Crédito habitação mais vantajoso
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Qual é o crédito habitação mais barato?

Em geral, podemos dizer que o crédito habitação mais barato é aquele que nos fará pagar menos juros. Ainda assim, deve-se ter bem presente que, tanto na contratação quanto na amortização de um crédito, existem vários fatores que podem fazer com que, no final, tenhamos que pagar mais ou menos.

Na hora de procurar o crédito habitação mais barato, não basta olhar apenas para a TAN (Taxa Anual Nominal), que é a taxa de juros que terás de pagar ao banco pelo empréstimo do dinheiro. E, por isso, “é muito importante que analisemos diversos fatores que influenciam o preço final de um crédito habitação, bem como alguns fatores que podem variar no futuro e que, consequentemente, não poderemos conhecer antecipadamente”, explicam os especialistas do idealista/créditohabitação.

Como escolher o crédito habitação
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Que aspetos influenciam o valor a pagar por um crédito habitação?

De um modo geral, os fatores que irão determinar o preço total de um crédito habitação e torná-lo mais ou menos barato são os seguintes:

  • Taxa de juros: pode ser fixa, variável ou mista. Com uma taxa de juros fixa, a prestação da casa a pagar todos os meses ao banco não varia com o tempo. Já no caso da taxa variável, o mesmo não acontece, já que vai variar consoante as flutuações da Euribor – note-se que as taxas Euribor estão a subir e a taxa a 12 meses já está positiva. Por isso, será importante comparar soluções de crédito habitação com taxa de juros do mesmo tipo. Isto porque “comparar produtos de taxas fixas com produtos de taxas variáveis não nos dará uma perspetiva real de qual será mais barato no longo prazo”, clarificam os mesmos especialistas.

  • Prazos de amortização: outro aspeto que influencia o montante total a pagar por um crédito habitação é o prazo de amortização. Regra geral, quanto maior o período de pagamento, mais caro ficará o empréstimo da casa.
  • Comissões: além dos juros a pagar pelo empréstimo, também devem ser tidas em conta as comissões cobradas pelos bancos. Trata-se do pagamento adicional que terá que ser feito em determinadas situações e que pode tornar um crédito mais ou menos barato quando comparado entre bancos.

TAEG: a melhor referência para comparar créditos habitação

A melhor referência para saber se um crédito habitação é barato ou caro é a TAEG (Taxa Anual Efetiva Global). A TAEG é uma percentagem que nos diz quanto vamos ter de pagar pelo empréstimo da casa. Mas, ao contrário da TAN, a TAEG tem em conta todas as despesas adicionais associadas ao crédito, como, por exemplo, as comissões.

Assim sendo, ao comparar dois créditos habitação, o que tiver a menor TAEG será o mais barato. Este é, de resto, um dos elementos-chave a ter em conta na hora de comparar créditos habitação.

Que fatores devo ter conta para o empréstimo da casa
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É aconselhável escolher o crédito habitação mais barato?

São vários os fatores que determinam o preço final de um crédito habitação. Num primeiro momento, pode-se pensar que o empréstimo mais barato será a melhor opção, já que implica ter de pagar menos ao banco pelo crédito.

Mas nem sempre é assim. Porquê? Porque além do dinheiro que pagamos, também devemos ter em conta as condições de contratualização. Consoante o teu poder de compra, podes ter interesse em pagar um pouco mais pelo crédito habitação e prolongar o prazo de pagamento da dívida e, em troca, pagar prestações mensais de menor valor para te deixar financeiramente mais confortável ao final do mês.

Neste caso, não estarias a escolher o crédito habitação mais barato – isto é, tendo em conta todo o dinheiro que terás de devolver pelo empréstimo -, mas sim a prestação da casa mais económica.  

Levando tudo isto em consideração, há uma questão que ainda se impõe: Será aconselhável escolher o crédito habitação mais barato? A resposta é: depende. Isto porque, há vários fatores que pesam na balança, como a capacidade económica de cada família e as condições em que o crédito habitação é assinado. “Deve-se ter em conta que cada pessoa e que cada empréstimo tem condições específicas e, portanto, ao escolher um crédito habitação, embora o preço final a pagar seja relevante, também é muito importante fazer uma comparação completa, que tenham em consideração todos os aspetos e não apenas o preço final que vamos pagar pelo empréstimo”, concluem os mesmos especialistas.

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1 Comentários:

KELSO CAMACHO
2 Maio 2022, 14:26

A operação "Triangular" é deveras importante, ou seja: Obter um financiamento Bancário INTEREGNO por um período a definir, o qual decorre entre a fase de aquisição de um andar novo ou da aquisição de um terreno/construção de uma moradia E a VENDA do bem patrimonial que se tem para vender através de uma Imobiliária conceituada, evitando-se o risco de ficar PENDURADO. Há de salvaguardar nesse empréstimo um fundo de maneio derivado de atrasos na construção/aquisição e na venda do património que garante a Instituição Bancária.

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