Estudo da Caixabank fez revisão das taxas em alta, depois do BCE ter confirmado que a taxa de juro diretora vai subir em julho.
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Euribor a 12 meses a subir
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No que diz respeito aos juros dos créditos habitação, as previsões não são as melhores. As taxas Euribor estão a subir para todos os prazos, uma reação precoce dos mercados financeiros à já anunciada subida da taxa de juro diretora pelo Banco Central Europeu (BCE). E agora com o regulador europeu a confirmar a primeira subida dos juros para julho, as taxas Euribor deverão subir ainda mais. As perspetivas do mercado para o curto prazo não são animadoras: a Euribor a 12 meses - que já está inclusive positiva -, deverá chegar aos 1% antes do final do ano e poderá mesmo alcançar os 2% em 2023.

A Euribor a 12 meses tem sido a mais requisitada em Portugal no conjunto de novos contratos de crédito habitação de taxa variável. Mas é, hoje, a menos atrativa dos três prazos, a 3, 6 e 12 meses. A subir deste o início do ano, esta taxa atingiu os 0,013% em abril e os dados provisórios de maio apontam para que a média mensal da Euribor a 12 meses se fixe em torno dos 0,24%, o maior valor registado desde fevereiro de 2015.

A verdade é que nos últimos dias, a Euribor a 12 meses já superou a barreira dos 0,3% atingindo, assim, o seu nível mais alto desde 2014. E tudo indica que esta taxa chegará a 1% antes do final de 2022, já que está a ser impulsionada pelos aumentos das taxas de juro já anunciados pelo BCE, uma medida usada para travar a inflação que se faz sentir no espaço europeu. De acordo com dados do Eurostat, a inflação na Zona Euro atingiu os 7,4% em abril.

Previsões de subida da Euribor a 12 meses revistas em alta

Em reação a tudo isto, os especialistas de mercado já estão a antever que a Euribor a 12 meses poderá chegar a 1% no início do quarto trimestre, segundo explica a Caixabank Research num relatório. "As taxas de juro implícitas do mercado preveem que a Euribor a 12 meses se fixe em 1,06% até ao final deste ano e 2% até ao final de 2023", detalha a entidade num relatório.

Estes números agora divulgados antecipam uma subida da Euribor a 12 mes muito mais pronunciada do que a esperada até agora. Entidades como o Bankinter, Asufin ou a própria Caixabank calcularam em março que a Euribor a 12 meses se situaria em cerca de 0,4% no final de 2022 e que deveria subir para 0,8% em 2023. Também desde a Bloomberg anteviram que a Euribor a 12 meses se situaria em cerca de 1% no início do próximo verão.

Juros do empréstimo da casa a subir
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Mas com o novo contexto macroecomico, as previsões foram revistas em alta e espera-se agora que a Euribor a 12 meses atinja os 1% dentro de poucos meses, um valor que não é atingido desde julho de 2012. Foi precisamente nessa altura que o regulador europeu liderado por Christine Lagarde saiu em defesa do euro e ditou o fim da crise da dívida soberana na Zona Euro.

A consequência de tudo isto é o aumento das prestações da casa dos europeus. Todas as famílias com contratos de crédito habitação indexados à Euribor a 12 meses – e às outras taxas que também estão a subir – vão sentir os reflexos do aumento dos juros assim que as prestações forem atualizadas. E este cenário vem pressionar ainda mais os rendimentos das famílias, que já estão a ser diminuídos pelo aumento da inflação. Para salvaguardar os rendimentos e diminuir os riscos que as flutuações da Euribor possam trazer, os especialistas recomendam contratar empréstimos da casa com taxa de juro fixa.

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