Em junho, a taxa de juro média dos novos créditos habitação subiu para 1,47% (1,28% em maio), em linha com o aumento das Euribor.
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Novos créditos habitação: taxa de juro sobe para máximos de 2018
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Os bancos têm mostrado disponibilidade para emprestar dinheiro para a compra de casa, uma tendência que se manteve na pandemia e que continua a manter-se, mesmo em tempos de guerra na Europa, de inflação em alta e de taxas de juro a subir. Os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) confirmam isso mesmo: em junho, a taxa de juro média dos novos créditos habitação subiu para 1,47% (1,28% em maio), em linha com a subida das taxas Euribor. Trata-se do valor mais elevado desde março de 2018 (1,5%). Já o montante concedido e novos empréstimos recuou face a maio, para 1.399 milhões de euros. 

“A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu para 1,47% (1,28% em maio), em linha com a subida das taxas Euribor. Nos novos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média diminuiu para 7,78%, (7,86% em maio). Esta descida resultou de comportamentos diferenciados dos bancos deste segmento”, lê-se no boletim divulgado esta terça-feira (2 de agosto de 2022) pelo BdP.

De referir que a rota descendente dos juros nos novos créditos habitação foi iniciada no início de 2012, estando a ser interrompida agora, dez anos depois. De acordo com os dados do regulador português, os juros nos novos empréstimos da casa começaram a dar sinais de subida em fevereiro deste ano (0,87%), uma tendência confirmada em março (1,03%), em abril (1,07%), em maio (1,28%) e, agora, em junho (1,47%).

Concessão de novo crédito habitação abranda 

No que diz respeito a concessão de novo crédito habitação, em junho, os bancos emprestaram 1.399 milhões de euros, menos que em maio (1.492 milhões) mas mais que no período homólogo (1.297 milhões de euros). É, ainda assim, um dos montantes mais elevados dos últimos anos.

“Em junho, os bancos concederam 2.097 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, menos 105 milhões de euros que em maio: 1.399 milhões de euros de crédito habitação, 484 milhões de euros de crédito ao consumo e 213 milhões de euros de crédito para outros fins. Os valores registados em maio tinham sido, respetivamente, 1.492, 511 e 199 milhões de euros”, revela a entidade liderada por Mário Centeno

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