Só as prestações da casa com Euribor a 12 meses é que vão sentir alívio na revisão de dezembro. Explicamos.
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Revisões das prestações da casa
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As famílias que estão a pagar um crédito habitação a taxa variável indexado à Euribor a 6 meses vão sentir um aumento na prestação da casa em dezembro pela primeira vez em quase dois anos. Isto porque este indexante voltou a subir em novembro (para 2,131%) ficando acima do valor fixado há um semestre. Só quem tiver um empréstimo da casa com Euribor a 12 meses é que vai voltar a sentir um alívio na prestação revista este mês.

Desde janeiro de 2024 que a Euribor a 6 meses passou a ser o indexante mais utilizado nos créditos habitação com taxa variável contratados em Portugal. Os dados do Banco de Portugal (BdP), referentes a setembro, indicam que a Euribor a 6 meses representava 38,3% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável, enquanto as taxas Euribor a 12 e a três meses representavam 31,9% e 25,3% deste stock, respetivamente.

E não há boas notícias para as famílias que estão a pagar um empréstimo da casa a taxa variável indexado à Euribor a 3 ou 6 meses, porque vão ver a prestação subir se for revista em dezembro (que usa a média mensal da Euribor relativa ao mês anterior, neste caso novembro). Só os contratos indexados à Euribor a 12 meses é que ainda sentirão um alívio nas prestações, tal como mostram os dados:

  • Euribor a 3 meses: quem tem um crédito habitação indexado à Euribor a 3 meses verá a prestação da casa subir um pouco na revisão deste mês, uma vez a taxa de novembro (2,042%) é um pouco maior do há um trimestre (2,021%);
  • Euribor a 6 meses: neste caso a prestação da casa será revista com o indexante em novembro a ficar em 2,131%, que é superior à taxa fixada há seis meses (2,116%). É a primeira vez que a haverá revisão em alta nestas prestações em 22 meses;
  • Euribor a 12 meses: é onde há boas notícias porque a taxa de novembro (2,217%) continua bem mais baixa do que há um ano (2,506%).

Importa não esquecer que dimensão da variação da prestação da casa (em alta ou em baixa) nos contratos de crédito habitação existentes depende também do montante em dívida, além do ano do contrato e condições do empréstimo.

Estas alterações nas revisões das prestações da casa ocorrem porque as taxas Euribor têm vindo a subir ligeiramente nos últimos meses, em reação à estabilização da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). E que deverá continuar, de acordo com os analistas da Ebury Portugal: “Continuamos a acreditar que o BCE deu por encerrado o seu ciclo de cortes e não prevemos que tome novas medidas na reunião de 18 dezembro. Por isso, a Euribor deverá terminar o ano perto do nível atual de 2,2%”, explicam ao idealista/news.

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