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Os trabalhadores com muito longas carreiras contributivas vão poder reformar-se, sem penalizações, a partir de setembro/outubro. Em causa estão trabalhadores com 60 ou mais anos e com uma carreira contributiva de 48 ou mais anos e quem tenha contribuído durante 46 ou mais anos, tendo começado a descontar para a Segurança Social (SS) antes dos 15 anos.

A garantia foi dada pelo ministro do Trabalho, Vieira da Silva, após uma reunião da concertação social. Segundo o governante, devem ser abrangidos 15 mil novos pensionistas em dois anos, com um custo anual de 49 milhões de euros.

“O Governo decidiu avançar desde já com a iniciativa legislativa, que aprovará brevemente, e há um acordo generalizado entre os parceiros de entrarem já em funcionamento este ano as medidas que têm a ver com a despenalização das muito longas carreiras contributivas”, disse Vieira da Silva, citado pela Lusa.

No que diz respeito às propostas que as centrais sindicais têm feito de reformas antecipadas, sem qualquer tipo de penalização, para trabalhadores com 60 anos de idade e 40 anos de carreira, o ministro indicou que, com base nas contas feitas, há “um impacto na sustentabilidade da SS que não permite ser sustentado”. “Há que trabalhar num modelo mais equilibrado e mais próximo daquilo que nós propusemos, estamos ainda disponíveis para alguns acertos”, adiantou.

Nesse sentido, o debate em torno das reformas continuará nas reuniões com os parceiros sociais. “A possibilidade de antecipar a idade da reforma, sem pôr em causa os equilíbrios estruturais da SS, vai dar um pouco mais de trabalho, mas creio que poderemos finalizar ainda este ano, por forma a que, provavelmente, logo no início de 2018 haja um primeiro passo nesse sentido”, explicou o ministro.

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