Jorge Coelho, antigo ministro Adjunto, da Administração Interna e também do Equipamento Social, morreu esta quarta-feira (7 de abril de 2021) aos 66 anos. O ex-governante e atual vice-presidente do Conselho da Administração da construtora Mota-Engil, sofreu um ataque cardíaco quando estava numa casa que tinha na Figueira da Foz.
A notícia foi avançada pela SIC Notícias, onde foi um dos comentadores da “Quadratura do Círculo”, juntamente com José Pacheco Pereira e António Lobo Xavier. Segundo o Público, que cita o comandante dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, quando os bombeiros chegaram ao local, Jorge Coelho já se encontrava em paragem cardiorrespiratória, tendo o alerta chegado ao quartel dos voluntários da Figueira da Foz às 15h51.
“Um homem da casa e da família Mota-Engil”
A Mota-Engil recordou o vice-presidente do seu Conselho da Administração como um “profissional de excelência, líder empresarial” e agregador de vontades.
Em comunicado, citado pela Lusa, o Conselho de Administração da Mota-Engil afirma que “eram públicas e reconhecidas as suas qualidades como homem de caráter e convicções e enormes as suas qualidades como profissional de excelência, líder empresarial, agregador de vontades, e o seu percurso ficará para sempre ligado ao nosso grupo”.
“Era um homem da casa e da família Mota-Engil, amigo comprometido e empenhado no desenvolvimento e sucesso do Grupo, a quem o Grupo tanto deve e aqui lhe deixa, de forma muito sentida, uma profunda e respeitosa homenagem e, já, grande saudade”, lê-se no documento.
“Amigo, filantropo discreto, socialmente preocupado e comprometido era um exemplo de responsável e empenhada cidadania para todos nós”, acrescenta o grupo, endereçando “as mais sentidas e sinceras condolências” à família do empresário e antigo político.
Ministro de três pastas
Jorge Coelho foi ministro de três pastas – ministro Adjunto, ministro da Administração Interna e ministro da Presidência e do Equipamento Social – dos governos liderados por António Guterres entre 1995 e 2002.
Antes, a partir de 1992, com Guterres na liderança do PS, Jorge Coelho foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas legislativas de outubro de 1995.
Jorge Coelho marcou a atividade política ao demitir-se do cargo de ministro do Equipamento do executivo de António Guterres após a queda da ponte de Entre-os-Rios, em 4 de março de 2001, alegando que “a culpa não pode morrer solteira”.
*Com Lusa
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