
A inflação está a escalar nas principais economias mundiais. Subiu 3,6% na União Europeia (EU) e 3,4% na Zona Euro em setembro, alcançando máximos da última década. Mas quais são as estratégias para proteger a carteira e não perder dinheiro? Há várias e um dos segredos passa mesmo pela diversificação dos investimentos e apostar no imobiliário.
A realidade é só uma: a taxa de inflação anual não tem parado de crescer na Europa. Os dados mais recentes do Eurostat apontam para uma subida na ordem 3,6% na UE em setembro, tendo mesmo escalado para 6,4% na Lituânica e na Estónia. Contam-se 15 dos 27 estados-membros que registaram uma subida superior à média da UE. Neste cenário, Portugal está na cauda da europa, registando a segunda subida mais baixa – de 1,3%.
Porque é que isto acontece? As injeções de liquidez por parte dos bancos centrais, a par dos estímulos orçamentais usados para ajudar a economia a recuperar da crise pandémica são dois fatores que influenciaram a subida da inflação, ao qual agora se soma a crise energética, refere o Jornal de Negócios.

Como beneficiar com a inflação?
Este aumento de preços do mercado – embora muitos economistas considerem temporário – tem deixado os investidores em alerta, pois ameaçam os retornos dos seus investimentos, escreve o mesmo jornal. Diversificando os investimentos e seguindo estas estratégias é possível proteger a carteira dos efeitos da inflação e, quem sabe, até ganhar com ela:
Investir em imobiliário: apostar em ativos reais, como é o caso do imobiliário ou infraestruturas, pode também trazer bons rendimentos. Isto porque se as rendas dos imóveis, por exemplo, acompanhar a subida dos preços do mercado, o rendimento gerado vai ser maior. Investir em fundos imobiliários também é uma forma de beneficiar com a inflação;
Investir em ações: a recuperação das empresas tem-se refletido nas suas ações em bolsa que continuam a crescer. E, por isso, investir em bolsa poderá ser mesmo uma forma de contornar os efeitos da inflação. E as empresas escolhidas deverão ser as que tendem a beneficiar mais da retoma da economia, como a energia;
Evitar depósitos a prazo: neste cenário, é de evitar investimentos com taxas de juro fixas, como os depósitos a prazo ou obrigações com maturidades longas;
Exposição a ‘commodities’: uma das estratégias passa mesmo por apostar na exposição a matérias-primas, produtos agrícolas, metais preciosos (ouro) e imobiliário, pois são aqueles que poderão beneficiar primeiro com a inflação;
- Apostar em obrigações que seguem a inflação: as obrigações que estão indexadas à inflação pode ser uma boa aposta num momento em que há subida de preços, sobretudo, numa perspetiva de diversificação da carteira de ativos.

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