Apetite para investir em supermercados aumentou depois de terem mostrado a sua resiliência à crise.
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Investir em supermercados
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O fundo imobiliário gerido pela portuguesa Square Asset Management concluiu aquela que é a sua primeira aquisição em Espanha. Trata-se de um portfólio de 10 supermercados localizados em Madrid e Andaluzia. Já o valor da operação não foi revelado. 

Em tempos, estes supermercados foram operados pela Supersol, mas depois acabaram por ser vendidos ao Carrefour. Oito deles foram transformados e adaptados à imagem da empresa francesa, enquanto dois deles passaram a operar segundo a marca Cash Lepe.

Esta é uma operação que vem "reafirmar uma vez mais o crescente interesse dos investidores em adquirir ativos relacionados ao setor alimentar, dada sua comprovada resiliência", disse Yola Camacho, sócia de capital markets da Cushman & Wakefield, que assessorou a operação, junto da Cuatrecasas, por parte do vendedor. Já a Square AM contou com o apoio da consultora JLL e Garrigues.

Investimento em supermercados dispara
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Com esta operação, a portuguesa Square AM, a gestora do fundo CA Património Crescente, aumenta ainda mais o seu portfólio de ativos sob gestão, que está avaliado em 1,3 mil milhões de euros. Segundo os dados mais recentes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), só o fundo da gestora portuguesa representava 11,8% da quota de mercado em setembro de 2021, seguido pela Interfundos (11,7%) e pela Caixa Gestão de Ativos (9,1%).

E as suas aquisições em Portugal também não param de fluir. Uma das mais recentes foi mesmo o Porto Palácio Hotel, que foi comprado à Sonae Capital por 62,5 milhões de euros, tal como noticiou o idealista/news em julho.

Investir em supermercados em Portugal
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Supermercados atraem investidores

O setor do retalho sofreu - e muito - os efeitos da pandemia da Covid-19, já que vários negócios tiveram de fechar portas. O investimento no setor também caiu em 2020 e nem mesmo no primeiro semestre de 2021 recuperou, já que, segundo os dados da Savills, somou apenas 85 milhões de euros de investimento total, um valor inferior à média dos últimos cinco primeiros semestres que se situa nos 500 milhões de euros.

Mas para toda a regra há uma exceção. E no setor de retalho a grande exceção foram os supermercados, serviços considerados essenciais que não fecharam durante os confinamentos. A sua "comprovada resiliência" chamou a atenção dos investidores e, agora, "o segmento alimentar continua a liderar o investimento em retalho", sublinha Camacho.

Em Espanha, por exemplo, o volume de investimento total em portfólio de hiper e supermercados deverá superar os resultados dos anos anteriores, atingindos 760 milhões de euros. E em Portugal, tanto a Sonae Retail Properties - gestora de galerias comerciais focadas no retalho alimentar - e o Lidl estão a planear aumentar o número de espaços no país. 

Comprar supermercados
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