Remuneração média dos depósitos a prazo caiu para 2,16% no final do ano. E há mais depósitos com prazo até 1 ano.
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Depósitos a prazo em Portugal
Banco de Portugal

As poupanças das famílias continuam a encher os cofres dos bancos em Portugal, de tal forma que registaram um novo máximo histórico. Em 2024, os novos depósitos a prazo de particulares totalizaram 128,4 mil milhões de euros, o maior valor registado desde o início da série do Banco de Portugal (BdP). Já as remunerações destes depósitos caíram no último ano.

O montante de novos depósitos a prazo das famílias totalizou 128,4 mil milhões de euros em 2024, mais 45% face ao ano anterior. “Trata-se do valor anual mais elevado observado desde o início da série, em 2003, e resulta, em grande medida, da reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo e sem renovação automática”, explica o BdP na nota publicada na terça-feira, dia 4 de fevereiro.

Mas estes depósitos a prazo estão a remunerar bem menos: a taxa de juro média desceu de 3,08% em dezembro de 2023 para 2,16% em dezembro de 2024. E esta redução da remuneração média foi transversal a todos os tipos de depósitos:

  • Novos depósitos com prazo até 1 ano (que representam 97% do total): a taxa de juro média reduziu-se de 3,10%, em dezembro de 2023, para 2,18% em dezembro de 2024.
  • Novos depósitos com prazo 1 a 2 anos (pesaram apenas 3% do total): remuneração média caiu 0,88 pontos percentuais (p.p.) num ano para 1,76% no final de 2024;
  • Novos depósitos com prazo superior a 2 anos: (passam a pesar apenas 0,5%): taxa de juro média diminuiu 0,92 p.p. para 1,25% em dezembro de 2024.
Juros nos depósitos a prazo
Banco de Portugal

Enquanto os depósitos com prazo até 1 ano reforçaram a sua posição dominante em 2024 (um ano antes representavam 87% do total), “o peso dos novos depósitos com prazo acordado superior a um ano diminuiu”, indica o regulador liderado por Mário Centeno.

“Em 2024, Portugal registou a oitava maior redução das taxas de juro médias dos novos depósitos a prazo de particulares do conjunto dos países da área do euro. Com esta diminuição, Portugal passou a ser o sexto país com a menor taxa de juro média, depois de ter sido o oitavo em dezembro de 2023”, lê-se ainda.

“A descida registada em Portugal foi superior ao decréscimo verificado para a média dos países da área do euro, continuando o país, assim, abaixo da taxa média deste conjunto de países (2,61%)”, conclui o BdP.

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