PIB português atingiu 289,4 mil milhões de euros no ano passado. Mas cresceu menos do que em 2023, revela INE.
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Economia portuguesa
Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças Getty images

A economia portuguesa voltou a crescer em 2024, mas menos que o ano anterior. É isso mesmo que confirmam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE): o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,1% em 2024, mas no ano anterior a subida foi de 3,1%. Portugal contou ainda com um excedente orçamental de 0,5% do PIB durante o ano passado, valor que terá subido para 1,9% no segundo trimestre de 2025.

Em Portugal, “o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 289,4 mil milhões de euros em 2024, o que representou um crescimento nominal de 7,1%, após o aumento de 10,8% registado em 2023”, revela o INE. Já em termos reais, o PIB aumentou 2,1% em 2024 (3,1% no ano anterior). 

“Todas as principais componentes da despesa aumentaram, destacando-se o investimento, com um aumento de 3,8% em volume”, indica ainda o INE no boletim publicado esta terça-feira, dia 23 de setembro. Nesse ano, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) aumentou 6,9% em termos nominais e 2,0% em volume (variações mais baixas do que em 2023).

Também o rendimento nacional bruto aumentou 7,8% em 2024, mas menos que no ano anterior (9,9%). A taxa de poupança das famílias atingiu 12,5%, mais 3,6 p.p. (pontos percentuais) do que no ano anterior, refletindo o aumento do rendimento disponível bruto superior (7,8%) ao do consumidor final (6,3%).

Além disso, “a capacidade de financiamento da economia atingiu 2,8% do PIB em 2024, o que representa uma melhoria do saldo em 0,9 p.p. face ao ano anterior”, indica ainda.

Portugal conta com excedente orçamental em 2024 e este ano

“As Administrações Públicas (AP) tiveram um saldo positivo de 1.451 milhões de euros em 2024, o que correspondeu a 0,5% do PIB (1,3% em 2023). Trata-se de uma revisão em baixa face ao excedente orçamental de 0,7% do PIB calculado em abril justificada, sobretudo, pela reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), "que visou a extensão do prazo para cumprimento da meta final, com o objetivo de assegurar a implementação eficiente dos investimentos".

A dívida bruta das AP terá diminuído para 93,6% do PIB (96,9% no ano anterior)”, revelam ainda os resultados provisórios do INE.

Em 2024, a receita total das AP ascendeu a 124,6 mil milhões de euros, tendo aumentado 6,8% entre 2023 e 2024. E a sua despesa total subiu 8,7% nesse período para 123 mil milhões de euros, muito devido ao crescimento das remunerações dos empregados e despesa com juros.

De notar ainda que as receitas fiscais das administrações públicas subiram 6,7% em termos nominais, atingindo 101,9 mil milhões de euros. O indicador de carga fiscal (rácio entre as receitas fiscais e o PIB), fixou-se em 35,2% (35,3% no ano anterior).

Também no segundo trimestre de 2025, o setor das administrações públicas registou um excedente de 1,9% do PIB (2,5% no período homólogo), tendo o saldo atingido os 1.412 milhões de euros. A receita cresceu 4,6%, em termos homólogos, enquanto a despesa aumentou 6,3%.

Na receita, destacam-se os aumentos na receita de impostos sobre a produção e importação (6,6%) e nas contribuições sociais (1,9%), enquanto a receita de capital cresceu 53% devido principalmente ao aumento de receita do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Por outro lado, na despesa, sobressai o crescimento das remunerações dos empregados (7,7%), dos encargos com juros (1,9%), dos encargos com prestações sociais (4,7%) e do consumo intermédio (2,4%). Já a rubrica da despesa referente aos subsídios diminuiu 12,2%.

O Governo espera atingir um excedente orçamental de 0,3% do PIB este ano e de 0,1% em 2026, segundo o relatório entregue a Bruxelas em abril.

*Com Lusa

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