
A Terra Peregrin, Participações SGPS, da empresária angolana Isabel dos Santos, lançou, domingo, uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Portugal Telecom (PT) SGPS para chegar à PT Portugal. A empresa oferece 1,35% por cada uma das 896.512.500 ações, o que totaliza cerca de 1,21 mil milhões de euros. Como consequência, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu a negociação das ações da PT SGPS.
Em comunicado enviado à CMVM no domingo, a Terra Peregrin, detida totalmente por Isabel dos Santos, anunciou o lançamento de uma OPA sobre a PT, afirmando que “tenciona manter as grandes linhas estratégicas definidas” pelo Conselho de Administração da PT. A empresa adianta ainda que quer manter também “os objetivos inerentes aos acordos celebrados” entre a PT e a brasileira Oi “e um conjunto de outras entidades com estas relacionadas, no âmbito da combinação dos negócios” entre as duas empresas, “embora sujeito a algumas alterações de calendário”.
A administração da PT SGPS tem agora oito dias para se pronunciar sobre a oferta. Já a Terra Peregrin tem 20 dias para enviar à CMVM o pedido de registo da oferta de aquisição sobre a PT SGPS.
Entretanto, e na sequência desta OPA, a CMVM suspendeu hoje a negociação das ações da PT SGPS. O objetivo da suspensão é, de acordo com o Conselho Diretivo da entidade, “permitir aos investidores a análise dos comunicados divulgados ao mercado sobre a sociedade emitente”.
Oi reage
Também em comunicado, a Oi considerou “inoportuna” a OPA lançada por Isabel dos Santos sobre a PT SGPS, que detém 25,6% da operadora brasileira. A empresa diz considerar “inoportuna qualquer alteração dos termos previamente acordados nos contractos definitivos celebrados com a PT SGPS a 8 de setembro”.
Em causa está, segundo a Oi, a “permuta de títulos de emissão da Rio Forte detidos por controladas da Oi em troca de ações de emissão da Oi detidas pela PT SGPS”, a que se soma a ”opção de compra de um mesmo número de ações à PT SGPS”. Para a empresa brasileira não restam dúvidas que eventuais alterações dos termos do acordo celebrado “colidem com o que foi anunciado ao mercado”.
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