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Mais de 950 milhões de euros investidos este ano em imobiliário comercial em Portugal
Segmento de escritórios foi o que maior captação de investimento atingiu (Foto: Cushman & Wakefield). autorizado

O mercado de investimento imobiliário comercial em Portugal continua a atrair muitos investidores estrangeiros. Desde o início do ano, foram transacionados mais de 950 milhões de euros em ativos imobiliários, ligeiramente menos que no período homólogo, mas um valor que representa quase o triplo do volume médio investido na última década.

Segundo a consultora Cushman & Wakefield (C&W), o aumento muito considerável da negociação de portfólios conduziu a um valor médio por operação muito superior ao habitual, 38 milhões de euros. Entre os 25 negócios fechados até agosto, nove referem-se a portfólios de ativos. Destaque para o maior portfólio de escritórios de sempre transacionado em Portugal, a aquisição do Campus da Justiça por um investidor estrangeiro. No setor de retalho, os centros comerciais AlgarveShopping e Estação Viana, alienados pelo Sierra Fund à CBRE GIP, e o portfólio de hipermercados Continente, vendido pela Sonae Retail Properties aos britânicos da M&G, foram os mais relevantes.  

A C&W concluiu que o segmento de escritórios foi o que maior captação de investimento atingiu, com 46% do total investido, cerca de 440 milhões de euros. Segue-se o retalho, com 43%, mais de 400 milhões de euros.

“Os investidores provenientes do Reino Unido e França foram os que mais apostaram no imobiliário português, com pesos equivalentes na ordem dos 27%, tendo os franceses atingindo um máximo histórico (cerca de 300 milhões de euros). Seguiram-se os norte americanos, que reduziram a sua parcela de 41% em 2015 para 21% do volume, e os espanhóis, com 12% do total investido”, lê-se no comunicado da empresa.

Em jeito de conclusão, a consultora imobiliária prevê que o último trimestre do ano seja muito dinâmico para o mercado de investimento. “As nossas estimativas apontam para um valor de fecho em 2016 equivalente, ou mesmo superior, ao de 2015, sendo muito provável que a barreira psicológica dos dois mil milhões de euros seja ultrapassada”.

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