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Três opções de investimento imobiliário tão rentáveis como a compra e venda de casas
GTRES

O setor imobiliário está a viver um dos seus melhores momentos, tanto que passou a ser uma “fonte de investimento” para muitos portugueses. E apesar do segmento residencial gozar de uma época  especialmente atrativa para os investidores e do mercado de arrendamento estar em alta (com valores elevados), a subida do preço das casas está a desacelerar.

Ainda assim, e sobretudo face a um contexto de taxas de juro negativas em que o dinheiro no banco pouco ou nada rende, a rentabilidade que oferecem os vários imóveis é elevada, havendo muitas pessoas que apostam na opção de comprar para arrendar ou de comprar, reabitar e voltar a vender - algumas vezes mudando o uso inicial do imóvel. Mas esta não é a única forma de conseguir lucro com o imobiliário.

Segundo a empresa espanhola Finect, é possível encontrar outras formas de investimento tão rentáveis como a compra e venda (ou arrendamento) de casas. Fica a saber em que consiste cada alternativa:

1 – Fundos de investimento imobiliários

São um dos veículos mais adequados para ter presença em qualquer setor ou país. Esta é uma das grandes vantagens que proporcionam, já que contam com uma carteira diversificada, ou seja, composta por ativos localizados em diferentes locais do mundo.

Dentro deste tipo de produtos encontramos os fundos de investimento imobiliários, que podem ser de três tipos: “Os fundos de investimento podem ser abertos, fechados ou mistos. São abertos os fundos de investimento cujas unidades de participação são em número variável. São fechados os fundos de investimento cujas unidades de participação são em número fixo. São mistos os fundos de investimento em que existem duas categorias de unidades de participação, sendo uma em número fixo e outra em número variável”, explica a CMVM. 

De acordo com o regulador, os fundos de investimento imobiliário podem desenvolver as seguintes atividades:

a) Aquisição de imóveis para arrendamento ou destinados a outras formas de exploração onerosa;

b) Aquisição de imóveis para revenda;

c) Aquisição de outros direitos sobre imóveis, nos termos previstos em regulamento da CMVM, tendo em vista a respetiva exploração económica.

Segundo a Deco Proteste, e conforme noticiámos em março deste ano, apostar em fundos de investimento imobiliário pode ser agora mais vantajoso que investir no mercado de imóveis. Um cenário que não se verificava há dois anos. Os referidos fundos recuperaram em 2018 e oferecem rentabilidades que chegam aos 7%.

2 – Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI)

Recentemente surgiu em Portugal o regime das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI). Foi criado pelo Governo no início do ano e aprovado há duas semanas pelo Parlamento – era reclamado há muito pelos investidores, nacionais e estrangeiros, e já existe noutros países, como por exemplo em Espanha (as chamadas SOCIMI) – com o objetivo de dinamizar o investimento imobiliário e o mercado do arrendamento e pode ser outra boa opção para investir no mercado imobiliário. 

O que são e como funcionam as SIGI?

  • Seguindo o exemplo das SOCIMI, uma SIGI tem de ter um mínimo de €5.000.000 de capital social;
  • Pelo menos 20% do capital, representativo de 2% dos direitos de voto, tem de estar disperso em bolsa ao fim de três anos, as SIGI têm de ter disperso em bolsa. E depois de cinco anos após a admissão à bolsa, a percentagem sobe para 25%;
  • As SIGI, para poderem beneficiar de vantagens fiscais, terão de ter no mínimo 75% da carteira composta por direitos sobre bens imóveis para arrendamento ou “outras formas contratuais atípicas que incluam prestações de serviços necessárias à utilização do imóvel”. Adicionalmente, pelo menos 80% do ativo deve ser composto por direitos sobre bens imóveis e participações. Estes ativos podem ser residenciais, escritórios ou centros comerciais;
  • As SIGI estão obrigadas a cada 7 anos, no mínimo, a solicitarem uma avaliação dos ativos em carteira a um auditor externo independente registado junto da CMVM;
  • Anualmente, 90% dos lucros resultantes de dividendos e rendimentos (que podem constituir até 25% do ativo) têm de ser sempre repartidos pelos investidores. Por outro lado, também têm de ser distribuídos 75% dos restantes lucros. 

3 – Crowdfunding imobiliário

É uma das opções de investimento mais recentes em todo o mundo, estando ainda a “ganhar força” – e em fase embrionária – em Portugal. Através do crowdfunding, os investidores podem financiar projetos de forma coletiva utilizando plataformas que selecionam e executam os investimentos.

O grosso do negócio destas plataformas centra-se na compra de vários imóveis em grandes cidades para os renovar e depois vendê-los, obtendo uma rentabilidade que depois é dividida entre os investidores, ou seja, entre as pessoas que aplicaram dinheiro no projeto.

Uma das vantagens que o crowdfunding imobiliário oferece é que qualquer pessoa pode investir, podendo fazê-lo através da internet e com participações muito reduzidas. Algumas plataformas espanholas que estão a vir para Portugal, por exemplo, garantem rentabilidades médias por projeto superiores a 10%, isto apesar de ser uma alternativa com risco, já que quem investe pode perder todo o dinheiro que investiu, caso os projetos não avancem. 

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