
Os programas golden visa estão sob os holofotes dos governos de vários países europeus. Em Portugal, António Costa está a estudar o fim do programa. E na Irlanda, depois de ter sido analisada a aplicação dos vistos gold e os seus benefícios para o país, o seu Executivo decidiu mesmo acabar com este programa, que tem atraído, sobretudo, milionários chineses a residir em solo irlandês. Hoje, já não são aceites novas candidaturas aos vistos gold na Irlanda.
Foi em 2012 que o governo da Irlanda introduziu o programa vistos gold, dando a possibilidade aos cidadãos bastados com residência fora da União Europeia de obter autorização de residência no país. Este programa para investidores estava, assim, desenhado para quem tivesse um património pessoal superior a 2 milhões de euros e fizesse investimentos avultados de longo prazo no país, escreve a Bloomberg.
Mas depois de uma revisão sobre a “adequação” do programa, o governo irlandês decidiu suspender os novos pedidos golden visa a partir desta quarta-feira, dia 15 de fevereiro. Mas garantiu que os 1.500 pedidos de vistos gold já realizados vão continuar a ser considerados.
Nos últimos dez anos, o programa golden visa captou cerca de 1,25 biliões de euros em investimentos para a Irlanda. E concedeu autorizações de residência, sobretudo, a cidadãos chineses, que representam a grande maioria dos 1.547 pedidos de vistos gold aprovados até 23 de junho de 2022, refere o mesmo meio.
A Irlanda decidiu assim terminar com os vistos gold em 2023, seguido o exemplo do Reino Unido, que colocou um ponto final ao programa há cerca de um ano por considerar que permitia a entrada de “elites corruptas” no país. Com as pressões vindas da própria Comissão Europeia para acabar com os programas de cidadania em troca de investimento, também a Bulgária e Portugal estão a avaliar o fim dos vistos gold.
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