Alerta é da Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária, que destaca a urgência em agilizar os licenciamentos.
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Portugal em risco de deixar de ser um destino seguro para se investir em imobiliário
Foto de Francisco de Frias na Unsplash

“A reputação de Portugal como país seguro para investir pode estar comprometida, dada a contínua instabilidade legislativa e fiscal que impacta o mercado imobiliário”. O alerta é dado pela Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária (ACAI), que revela, em comunicado, que participou na consulta pública promovida pelo Governo no âmbito do programa Mais Habitação – está já na Assembleia da República para ser discutido.

A associação, que representa as principais empresas de consultoria imobiliária a operar em Portugal – B. Prime, CBRE, Cushman & Wakefield, JLL, Savills e Worx –, critica “todas as medidas que afetam a captação de investimento para o mercado nacional” e apela para que sejam implementadas políticas públicas que sejam consensualizadas, com o objetivo de trazer confiança a todos os operadores, que são “fundamentais para colmatar a falta de oferta habitacional”. 

No documento entregue ao Executivo, no qual diz ter avançado com medidas que considera serem fundamentais para uma estabilização do setor e consequente aumento do stock habitacional, a ACAI destaca “a urgência na agilização da emissão de licenças de utilização e licenciamentos, cuja morosidade são fatores que pesam no custo final de construção e consequentemente no preço final das habitações, tanto para os proprietários, como para os arrendatários”. 

Citado na nota, Jorge Bota, presidente da ACAI, desafia o Executivo a chamar todos os players do setor imobiliário a participar na discussão do tema no Parlamento, “para que se possa chegar a uma Lei que verdadeiramente crie soluções e que tenha adesão à realidade do mercado”. 

“Sem a iniciativa privada o Estado não irá resolver o problema, e por isso a ACAI está numa posição privilegiada para em colaboração com o Parlamento conseguirmos obter um enquadramento que permita o que todos querem, habitação mais acessível para todos”, conclui.

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