Imobiliária afirma ter propostas de múltiplos investidores e antecipa conclusão da venda da Exponor na primeira metade de 2026.
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Exponor
János Korom Dr. from Wien, Austria, CC BY-SA 2.0 Creative commons
Lusa
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A imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) recebeu "diversas propostas de investidores nacionais e internacionais" para compra do património da Nexponor, que inclui o centro de exposições da Exponor, em Matosinhos, prevendo concluir o processo até junho de 2026.

“Foram recebidas diversas propostas de investidores nacionais e internacionais, em linha com o que antecipávamos e, em vários casos, superando as expectativas definidas em conjunto com a Insula Capital", refere a C&W numa nota divulgada esta sexta-feira, dia 21 de novembro de 2025, sem avançar mais detalhes sobre os interessados.

Afirmando-se "confiante de que este processo terá um desfecho muito positivo para a cidade de Matosinhos", a imobiliária antecipa que a conclusão do negócio deverá acontecer na "primeira metade do próximo ano”.

A C&W tem o mandato em exclusivo para a comercialização do património da Nexponor, um fundo imobiliário gerido pela Insula Capital, que integra o parque de exposições da Exponor e terrenos adjacentes, tendo o prazo para apresentação de propostas de compra terminado na quinta-feira.

No passado dia 07 de outubro, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) – anterior proprietária da Exponor e respetivos terrenos, mas que em 2013 os entregou à Nexponor no âmbito do plano de reestruturação financeira da associação, mantendo apenas a exploração do espaço – admitiu um eventual interesse no negócio.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração da AEP e da Exponor disse que a associação está “a trabalhar” num plano que “prevê que o parque de exposições continue a ser um ativo da AEP, não só na sua exploração, mas, eventualmente, também na propriedade”.

“A AEP continua a acompanhar a evolução deste ‘dossier’, que está a seguir os trâmites legais normais, e totalmente empenhada em encontrar uma solução, cuja estratégia está completamente alinhada com a Câmara Municipal de Matosinhos”, referiu Luís Miguel Ribeiro.

Questionado pela Lusa sobre se a associação iria apresentar formalmente uma proposta de compra da Exponor à C&W, Luís Miguel Ribeiro não esclareceu.

“Certo é que seremos sempre uma parte ativa”, enfatizou apenas.

Na altura sob a liderança de José António Barros, a AEP “limpou” a maior parte do seu passivo bancário entregando a Exponor ao fundo Nexponor, numa operação em que os créditos da banca foram convertidos em unidades de participação, detendo a associação um contrato de arrendamento para explorar o parque.

Segundo o atual dirigente da associação, os potenciais interessados na compra do património da Nexponor “terão na AEP uma mais-valia para o desenvolvimento do projeto previsto, cuja âncora principal é o parque de exposições da Exponor”.

“Neste momento, o ativo está no mercado. Para já, temos de aguardar a evolução do processo”, sustentou.

Salientando que o processo “não colocará em causa a agenda de feiras e o normal funcionamento da Exponor”, Luís Miguel Ribeiro afirmou-se convicto de que “as empresas e o país continuarão a dispor de uma infraestrutura incontornável para a promoção da valorização da oferta das empresas nacionais e o reforço da internacionalização da economia portuguesa”.

Além dos pavilhões de feiras, centro de congressos, edifício de serviços e parque de estacionamento que integram a Exponor, o património da Nexponor inclui dois lotes de terreno para promoção imobiliária, numa área total de 180.000 metros quadrados em Leça da Palmeira, Matosinhos.

Em abril de 2024, a Câmara de Matosinhos aprovou um Pedido de Informação Prévia (PIP) para um mega projeto naqueles terrenos que, além da modernização da Exponor, prevê um empreendimento de uso misto (serviços, comércio, turismo e habitação) com uma área bruta de construção acima do solo de 177.000 metros quadrados.

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