Os números do desemprego em tempos de Covid-19 são “assustadores”. Em duas semanas, nos primeiros 15 dias de abril face ao final de março, o número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) subiu 10%, tendo passado de 321 mil para 353 mil (mais 32 mil pessoas). Trata-se de um aumento percentual que supera qualquer outro mês inteiro desde 1978. Ou seja, é a subida mais alta de sempre.
Segundo o Jornal de Negócios, os dados em causa foram divulgados esta semana pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
“Mesmo durante a última crise, o total de desempregados inscritos no final de cada mês não subiu de forma tão acentuada. Entre 2008 e 2013, o ‘stock’ de inscritos no IEFP cresceu a um ritmo mensal abaixo dos 5% e de forma gradual, o que distingue o impacto abrupto no emprego das medidas de restrição para travar o surto do novo coronavírus. Há meia dúzia de exceções, com taxas acima desse valor mas que ficam sempre abaixo do crescimento de 10% verificado agora (o recorde anterior era de 7,7% e foi registado em janeiro de 2009)”, escreve a publicação.
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