
Seria normal pensar que a antiguidade profissional, aliada à experiência adquirida com o passar dos anos, significaria um aumento salarial para os mais “velhos”. Mas será mesmo assim? Tendo por base o atual contexto do mercado laboral, as pessoas vão ganhando mais, ano após ano, até chegarem aos 50 anos de idade, mas depois os salários tendem a recuar.
Segundo o Expresso, que se apoia em dados que constam na proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) e na opinião de especialistas, em média, há uma justificação principal para este cenário: as qualificações das diferentes gerações. Paralelamente, está a verificar-se um outro fenómeno: a menor capacidade de reintegração no mercado quando as pessoas ficam desempregadas.
No final do ano passado, havia cerca de quatro milhões de pessoas a descontar para a Segurança Social, escreve a publicação, salientando, por exemplo, que os mais jovens ganham menos que a geração seguinte, e assim sucessivamente.
O “problema” é quando os trabalhadores atingem o meio século de vida, visto que a partir daqui a situação tende a inverter-se: Os homens com idade entre 45 e 49 anos ganham, em média, 1.685 euros, mas a geração imediatamente a seguir (entre 50 e 54 anos) já ganha menos, em média 1.639 euros. Um cenário que se repete nos dois escalões seguintes, ou seja, entre os 55 e os 59 anos e entre os 60 e os 64 anos, como é possível constatar na imagem. O mesmo acontece, de resto, no caso das mulheres.
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