
O Dia Internacional do Trabalhador assinala-se a 1 de maio, esta quinta-feira. Um feriado que, em Portugal, começou a ser “celebrado” em 1890, tendo as comemorações cessado com o início do regime do Estado Novo. O 1º de maio voltou, depois, a ser assinalado a partir de 1974, apenas oito dias após o 25 de Abril. Por ocasião da efeméride, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou um conjunto de dados e curiosidades sobre o emprego em Portugal, fazendo comparações com os outros países da União Europeia (UE).
Estas são algumas das conclusões a retirar da nota divulgada esta quarta-feira (30 de abril de 2025) pelo INE:
- Em 2024, a taxa de emprego em Portugal foi superior à da média da UE a 27 países (UE-27) em todos os grupos etários, com exceção do dos mais jovens (dos 15 aos 24 anos);
- A proporção de jovens empregados com o ensino superior foi 8,4 pontos percentuais (p.p.) superior em Portugal (25,9%) em relação à média da UE-27 (17,5%);
- Portugal é dos países da UE com menores taxas de escolarização de ensino superior na população empregada dos 15 aos 74 anos (6º país com menor taxa, 4,6 p.p. abaixo da média);
- A UE estabeleceu duas metas para a taxa de emprego dos 20 aos 64 anos a alcançar em 2030, e a seis anos do prazo Portugal estava a 1,5 p.p. da sua meta individual (80%) e a UE-27 a 2,2 p.p. do objetivo (78%);
- A disparidade de emprego entre homens e mulheres, em Portugal, foi de 5,7 p.p., abaixo dos 7,0 p.p. observados em 2019. Na UE-27 foi de 10,0 p.p., ainda longe do objetivo de 5,9 p.p.;
- Em 2024, a taxa de emprego feminino portuguesa foi superior à europeia em 3,6 p.p., e em 26 dos 27 países da UE há uma maior proporção de mulheres a trabalhar a tempo parcial do que de homens (em Portugal, 10,5% das mulheres tinham um emprego a tempo parcial, quase o dobro da proporção observada nos homens (5,8%);
- O número médio de horas habitualmente trabalhadas pelos homens é superior ao das mulheres, sendo que a diferença máxima foi de 8,2 horas nos Países Baixos. Em Portugal, foi de 3,0 horas;
- Globalmente, em Portugal, trabalharam-se, em 2024, 39,7 horas por semana, mais 2,7 horas do que na média da UE;
- A proporção de trabalhadores por conta de outrem com um contrato de trabalho temporário em Portugal (15,9%) foi a segunda mais elevada da UE-27 em 2024, mas esta proporção tem vindo a diminuir desde 2016;
- No que diz respeito à antiguidade no emprego atual, na Dinamarca, por exemplo, foi a mais baixa dos 27 países (7,1 anos), tendo o país a mais elevada percentagem de recém-empregados (22,9%). Em Portugal, a antiguidade média é de 11,3 anos, a quarta mais elevada da UE-27, sendo a proporção de recém-empregados de 14,9%, próxima da média europeia;
- Em 2024, a remuneração bruta base mensal média por trabalhador, em Portugal, era de 1.213 euros, mas os trabalhadores das atividades de “Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” (secção A), “Atividades administrativas e dos serviços de apoio” (N), “Alojamento, restauração e similares” (I) e “Construção” (F) auferiam, em média, um salário base abaixo de 1.000 euros.
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