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A Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) considera que o investimento é “o ponto mais fraco da proposta” de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017). “Mais uma vez, não está previsto o crescimento do investimento público, que, num contexto de crise, era fundamental para dinamizar o investimento privado, a construção e para relançar a economia portuguesa”, refere a entidade em comunicado.

Segundo a FEPICOP, os indicadores disponíveis relativamente ao setor da construção mostram que, ao longo do ano, “o mercado imobiliário assumiu um papel central na atividade do setor, o que não deverá ser posto em causa por novas medidas, nomeadamente de cariz fiscal, que venham a ser implementadas na sequência da aprovação do OE2017”.

A federação adianta que o licenciamento de fogos novos para habitação manteve uma dinâmica assinalável, tendo aumentado 36% até agosto, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Já o valor das novas operações de crédito concedido para aquisição de habitação atingiu os 3,2 mil milhões de euros, mais 54% que no período homólogo.

“Também o licenciamento de construções não residenciais novas evoluiu de forma positiva, com a área licenciada a ultrapassar os 1,6 milhões de m2 durante os primeiros oito meses de 2016, o que traduz um crescimento homólogo de 27,5%”, lê-se no documento. O mesmo enaltece ainda o facto de, nos últimos meses, o mercado das obras públicas ter dado sinais de recuperação, invertendo a tendência de quebra que manteve por um longo período – até ao final de setembro, o montante das empreitadas de obras públicas lançadas a concurso cresceu 16,4% em termos homólogos enquanto o valor total dos contratos celebrados cresceu 11,7%.

“São estes primeiros sinais de uma potencial recuperação da atividade da construção que o OE2017 deverá ajudar a consolidar, pelos seus efeitos diretos no emprego e no crescimento económico”, conclui a FEPICOP.

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