Contam-se 1.830 credores que reclamam créditos. Mas as garantias bancárias são de apenas 37 milhões de euros.
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Construtora em falência
Foto de Isabella Mendes en Pexels

Embora tenha apresentado um plano de recuperação no início de 2020, a construtora Opway não teve hipótese de se reerguer durante a pandemia. E, agora, o tribunal decidiu por termo à administração da insolvência e avançar com a “liquidação e partilha da massa insolvente”. Em causa estão dívidas de 632 milhões de euros a 1.830 credores, sendo o maior de todos a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Os ativos a serem agora liquidados no processo de insolvência representam um “valor residual face à dívida” da construtora, segundo disse José Luís Caetano Marques, administrador da insolvência, citado pelo Jornal de Negócios. Já que as garantias bancárias da dívida são de apenas 37 milhões de euros. Por outro lado, ainda não há uma decisão sobre a forma como serão liquidados os ativos da construtora, referiu ainda.

E quem é que são os credores da Opway? O maior de todos é a própria CGD, que reclama uma dívida de 147 milhões de euros (com apenas 14 milhões de garantias). Entre os bancos estão ainda o BCP, o BPI e o Santander Totta, refere a publicação. Além das entidades bancárias, são também credores o próprio Fisco (12 milhões) e a Segurança Social (850 mil euros). E ainda outras construtoras, como os grupos Mota-Engil, Teixeira Duarte, DST ou Zagope.

Recorde-se que a Opway é a antiga construtora do Grupo Espírito Santo (GES). E em créditos subordinados do universo “BES” estão ainda 355 milhões em créditos, disse ainda o administrador de insolvência.

Na tentativa de se reerguer das cinzas, a Opway entregou um plano de recuperação em fevereiro de 2020. Mas as restrições da pandemia incompatibilizaram a reunião de todos os seus credores. Desde que a Opway entrou em insolvência, em 2019, não voltou a ter a adjudicação de qualquer obra. Hoje sem apresentar qualquer atividade, a construtora entra em liquidação com apenas quatro trabalhadores.

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