Está confirmado: a nova ponte sobre o rio Douro que servirá o Metro do Porto vai ser construída pelo consórcio formado pela Prof. Edgar Cardoso – Engenharia e Laboratório de Estruturas, Lda, pela Arenas & Asociados, Ingenería De Diseño SLP e pela No Arquitectos, Lda. Aquela que será a sétima travessia entre o Porto e Vila Nova de Gaia deverá começar a ser construída na primeira metade de 2023, sendo que o prazo de execução da obra é 970 dias. Já o custo está orçado em 50,5 milhões de euros.
O conceito consiste numa ponte de pórtico com efeito de arco, totalmente em betão, e com um perfil longitudinal a uma altura ligeiramente superior à da Ponte da Arrábida, de modo a não constituir um obstáculo visual. Com uma forte orientação no sentido da sustentabilidade, a proposta prevê, ainda, a instalação de painéis fotovoltaicos nos carris, que permitirão a iluminação da ponte, refere a Câmara Municipal do Porto (CMP), adiantando que o projeto contempla ainda escadas e um elevador a servir a Rua do Bicalho e a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.
Segundo a Metro do Porto, “a ponte a desenvolver vai unir o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Vila Nova de Gaia, sendo parte obrigatória de uma nova linha de Metro – a Linha Rubi – que ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídeo”. “Tanto a futura ponte como a nova linha são totalmente financiadas a fundo perdido por verbas inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência e estarão construídas e em funcionamento até ao final de 2025”, acrescenta a empresa.
Nova ponte entre o Porto e Gaia será só para Metro, peões e bicicletas
A autarquia indica que contrato para o desenvolvimento do projeto deverá ser assinado em breve, representando um investimento superior a 1 milhão de euros. A CMP revela, ainda, que o tabuleiro da futura ponte é exclusivamente reservado ao Metro, aos peões e bicicletas.
O presidente do conselho de administração da Metro do Porto, Tiago Braga, considera, em comunicado, que a nova ponte sobre o Douro tornará “a região ainda mais coesa, ambientalmente sustentável e competitiva” e confirma que se trata de um projeto que tem em linha de conta a preocupação com a sustentabilidade: “Numa altura em que as questões energéticas estão ainda mais na ordem do dia, esta ponte e esta linha são o mais forte contributo para a descarbonização da mobilidade nesta região, uma vez que este é o eixo alternativo à circulação automóvel na Ponte da Arrábida e a parte da VCI, contribuindo estruturalmente para uma menor dependência nacional de combustíveis fósseis”.
 
 
 
 
 
 
 
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