
Há novidades sobre aquela que é considerada a maior obra pública do país dos últimos dez anos. Na frente da corrida à construção e concessão do Hospital de Lisboa Oriental (HLO) está o consórcio da Mota-Engil, tendo a sua proposta sido classificada em primeiro lugar pelo júri do concurso por ser considerada “economicamente mais vantajosa”. A proposta final apresentada pelo grupo tem o valor de 257,7 milhões de euros, menos 75 milhões que a inicialmente colocada em cima da mesa.
Em resultado da avaliação preliminar do júri concluída no mês passado, a proposta final apresentada pelo consórcio da Mota-Engil foi a que reuniu a melhor pontuação global (135,10 pontos), ficando à frente da apresentada pelo agrupamento da Somague e da Aberdeen Infrastructure (131,16 pontos), escreve o Jornal de Negócios. A proposta do agrupamento da Mota-Engil ficou à frente nos critérios de qualidade. Já no que diz respeito aos custos da obra, a proposta final apresentada pelo consócio do grupo Sacyr, de 244 milhões de euros, foi mais apetecível, havendo uma diferença de 13,7 milhões de euros entre as duas.
Recorde-se que este concurso para o HLO arrancou em 2017 com o preço base da obra de 334,5 milhões de euros. As primeiras propostas – oito no total - foram entregues em janeiro de 2019. Mais tarde, em 2021, foram selecionadas as duas propostas com melhor classificação para a fase de negociação. E só em setembro de 2021, os consócios da Mota-Engil e da Somague entregaram as propostas finais para a avaliação, agora conhecida. Segue-se, agora, o período de audiência prévia até abril.

Como será o novo hospital de Lisboa?
Em causa está a adjudicação desta Parceria Público-Privada (PPP) para a construção e concessão de 30 anos do novo hospital de Lisboa, um projeto que é considerado uma prioridade desde 2008 – data do primeiro concurso – e que é também conhecido por ter sido o único a obter luz verde no tempo da Troika, refere a mesma publicação.
Esta futura unidade hospitalar, que será construída na zona de Chelas, vem substituir seis hospitais da área de Lisboa - S. José, Curry Cabral, Maternidade Alfredo da Costa, Estefânia, Santa Marta e Capuchos – e terá capacidade mínima para 875 camas, numa área total de 130.000 metros quadrados (m2). Estima-se que a centralização dos hospitais numa só unidade gere poupanças de 70 milhões de euros.
Dada a complexidade do processo, a assinatura do contrato de adjudicação está prevista apenas para 2023. E como a proposta apresentada pela Mota-Engil - na frente da corrida - é inferior ao preço base do concurso, estima-se um ganho nas contas públicas de 76,7 milhões de euros, indica o Jorna de Negócios. Tendo em conta que esta unidade hospitalar demorará pelo menos três anos a ser construída, o hospital só deverá abrir portas em 2025.
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